Pictured: Tortoises are one of the wild animal species that PetSmart is still selling.

Campanha exige que a PetSmart pare de vender répteis e anfíbios

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Maior rede de pet shops da América do Norte contribui com o bilionário e cruel comércio de animais silvestres

Liderada por nossos escritórios no Canadá e Estados Unidos, nossa campanha está pressionando a maior varejista de artigos para animais de estimação da América do Norte a pôr um fim à crueldade do comércio de animais silvestres.

Desde 2019, nossas equipes vem pedindo aos executivos da a PetSmart que nos recebam em sua sede para discutir o tema. Infelizmente, a empresa não respondeu às nossas solicitações de reuniões.

Agora, estamos pedindo às pessoas que se juntem a nós assinando nossa petição e nos ajudando a convencer a PetSmart a fazer a coisa certo pelos animais. Também contamos com o apoio de outras instituições, como abrigos de animais e organizações de bem-estar animal.  

"A PetSmart se mostrou uma líder quando optou por não vender filhotes de cães e gatos no passado, mas ignorou as necessidades de bem-estar de outros animais como répteis e anfíbios. Essa é uma oportunidade de, mais uma vez, mostrar aos seus clientes que se preocupa com todos os animais”, explica Michèle Hamers, a gerente de campanhas de vida silvestre de nosso escritório do Canadá.

Uma ameaça à saúde das pessoas

Ao vender animais silvestres em suas lojas, a PetSmart contribui com o bilionário e cruel comércio que explora animais silvestres em escala industrial. Todos os anos, milhares são afetados pelas políticas dessa rede.

As cobras, lagartos, tartarugas e sapos vendidos em suas lojas enfrentam uma vida de sofrimento.

Capturados na natureza ou criados em cativeiro, esses animais são tratados como simples mercadorias, com total desprezo por suas necessidades individuais, e, muitas vezes, morrem de forma prematura. Quando chegam vivos a seus destinos, são mantidos em ambientes inadequados, que podem lhes causar problemas físicos e psicológicos, e muitos morrem nas casas das pessoas ainda em seu primeiro ano como animal de estimação.

O comércio de animais silvestres também pode levar à disseminação de doenças, resultando em pandemias como a da COVID-19. Órgãos de saúde, incluindo a Agência de Saúde Pública do Canadá, alertam que répteis e anfíbios não animais de estimação adequados, especialmente para famílias com crianças pequenas, idosos ou qualquer pessoa com sistema imunológico comprometido.

“Os répteis são conhecidos como transmissores de doenças para os humanos - e essas doenças não fazem distinção entre o comércio legal ou ilegal. Ainda assim, é preocupante que a PetSmart continue a vender esses animais aos consumidores, muitos dos quais são famílias", esclarece Ben Williamson, diretor de programas do nosso escritório nos Estado Unidos.

Repticon

Nas feiras de animais de silvestres, répteis e outras espécies são expostos em pequenos recipientes como se fossem mercadorias e são manipulados por diversas pessoas, incluindo crianças.

Animais selvagens não são animais de estimação

Diferente dos cães e gatos, os animais silvestres não passaram por um processo de domesticação – um processo que pode levar milhares de anos.

Mesmo os que nasceram em cativeiro ainda mantêm as características e as necessidades de um animal selvagem, o que os torna inadequados para um ambiente doméstico. É comum muitos tenham seu bem-estar comprometido porque a maioria das pessoas não recebe orientações corretas sobre como cuidar deles e têm expectativas não realistas sobre seu comportamento.

Além disso, ao contrário do que se pensa, o comércio legalizado não combate o tráfico de animais silvestres. Pelo contrário: incentiva essa prática cruel porque aumenta a procura por esses animais.

A compra de animais silvestres em criadores legalizados nem sempre é uma garantia que o animal tenha nascido em cativeiro. Legal ou ilegal, eles sofrem.

Não compre. Em vez disso, adote um cão ou gato e salve um animal do abandono. Só no Brasil, são mais de 40 milhões de animais vivendo nas ruas.

O comércio de animais silvestres também pode levar à disseminação de doenças, resultando em pandemias como a da COVID-19