Acabamos de lançar a terceira edição do relatório global "Botando Ordem no Galinheiro", que avalia o bem-estar dos frangos comercializados pelas gigantes do fast-food. Os resultados de 2021 são chocantes. Embora tenha havido algumas melhorias, a maioria das redes de fast-food não mostra ambição em melhorar os padrões, sujeitando os frangos a sofrimento e crueldade desnecessários.
O documento aponta o nível de bem-estar na criação de frangos cuja carne abastece as oito principais redes de fast-food do planeta (dentre as quais sete atuam no Brasil). As notas gerais são extraídas a partir da avaliação de três aspectos principais, com igual peso, da atuação das empresas: compromissos corporativos, ambição por mudanças e transparência.
Anualmente, quase 50 bilhões de frangos são criados em sistema industriais intensivos. Vivos e curiosos, os frangos são confinados em galpões escuros e superlotados. Apesar dessas granjas maltratarem os animais, e até mesmo colocando nossa saúde em risco, muitas marcas continuam comprando deles.
Como uma das maiores compradoras de frango de criação industrial, as empresas de fast food precisam tomar uma atitude e melhorar o nível de bem-estar desses animais. Juntos, podemos dizer aos fast-foods que não há futuro para a criação de animais em sistemas industriais intensivos.