A primeira pista é: se pode chegar tão perto a ponto de tocar o animal, desconfie
Às vezes, basta abrir as redes sociais para ver um monte de fotos de amigos e conhecidos de férias, sorrindo em selfies com elefantes ou nadando com golfinhos.
Para defender o passeio, eles podem até usar o argumento de que, no local, o animal está bem cuidado, tem bastante espaço para expressar seus comportamentos naturais e está protegido dos perigos da caça ou extinção. Mas a verdade está bem longe disso – especialmente se a atração permite um contato muito próximo ou direto entre turistas e animais.
Para interagir com os visitantes, mesmo em contatos breves, os animais silvestres são submetidos a treinamentos cruéis, que envolvem privação de comida, violência física e outros maus-tratos, como passar a vida toda em espaços muito menores do que aqueles que teriam na natureza.
Por isso, ainda que o parque não permita, por exemplo, que o turista faça passeios de elefante nem alimente golfinhos, se ele pode chegar tão perto dos animais a ponto de tocá-los, há uma história de sofrimento nos bastidores.
Para saber se um local turístico é um santuário de animais silvestres de verdade, preste atenção nestas quatro pistas:
1. Experiências de contato NÃO são permitidas
O local não deve permitir tirar selfies, dar banho, alimentar ou qualquer outra experiências de contato com os animais. Antes de visitar o santuário, faça uma pesquisa na internet e nas redes sociais e busque por comentários de pessoas que já estiveram lá em sites de venda de viagens e ingressos.
2. Animais NÃO interagem com humanos
Na descrição do passeio, não deve haver menções de interações com humanos iniciadas pelos próprios animais, como se isso fosse um comportamento natural – por exemplo, “os elefantes pedem comida aos visitantes” ou “os botos se aproximam para nadar com as pessoas”. Isso não é verdade, mas, infelizmente, é um argumento muito usado por algumas atrações turísticas.
3. Sem espetáculos
Se o local for um santuário, ele não deve usar como atrativo a realização de shows nem apresentações de truques com animais.
4. Observação é a palavra-chave
A principal atração do local deve ser observar os animais a uma distância segura, em um espaço em que podem manifestar seus comportamentos naturais.
Você não precisa apoiar atrações cheia de crueldade para se distrair. Observar um elefante com seu galho de árvore, por exemplo, é ou não é divertido?
Via GIPHY
Onde encontrar santuários?
Separamos seis sugestões de santuários que realmente se preocupam com o bem-estar dos animais e vale a pena conhecer.
Brasil
Santuário de Elefantes Brasil - Chapada dos Guimarães (MT) Ver site
Tailândia
Elephant Nature Park Ver site
ChangChill Ver site
Camboja
Elephant Valley Ver site
Índia
Elephant Conservation and Care Centre Ver site
Quênia
Mwaluganje Elephant Sanctuary Ver site
Não deixe de conferir – e compartilhar! – nosso guia do turista amigo dos animais.