Dois golfinhos nadando em alto mar

3 filmes de golfinhos que você não deveria assistir

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Apesar de bem-intencionados, alguns clássicos da “sessão da tarde” mostram os animais marinhos como seres domesticados, o que não é verdade

A amizade entre crianças e golfinhos ou orcas é um tema clássico em filmes de “sessão da tarde”. Fale a verdade: quantos desses você viu em sua infância ou indicou para seus filhos assistirem?

Sei que esse tipo de filme tem boa intenção, mas acaba perpetuando uma noção errada de que os golfinhos e as orcas são animais fofos e domesticados.

Eles ignoram o fato de que esses animais, que são 100% silvestres, sofrem imensamente em cativeiro, onde são explorados como artistas de circo.  Além disso, os golfinhos são predadores complexos e podem ferir não só uns aos outros, mas também os humanos. Há algumas semanas, uma criança foi atacada por golfinhos em parque aquático no México – e esse não é um caso isolado.

Que tal, então, aproveitar que as férias estão aí e mudar a programação da TV? Aqui, separei três filmes famosos para você excluir da sua lista:

  1. Free Willy - O protagonista é Jesse, um adolescente que vai trabalhar num parque temático e, ali, conhece a orca Willy. Eles formam um vínculo e, com a ajuda de um treinador, desenvolvem uma rotina de truques para apresentar aos visitantes do parque. 

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    O que não é legal nesse filme: para realizar truques para uma plateia (como girar em círculos e levar os treinadores “surfando” em suas costas), os golfinhos passam por uma rotina cruel de treinamentos, que inclui privação de comida e maus-tratos, como por exemplo, ficar em um ambiente com música tão alta quanto em um show de rock, o que não é saudável para o animal.

     
  2. Flipper - Filho de pais divorciados vai passar as férias de verão com o tio hippie na Flórida e faz uma amizade improvável com o golfinho Flipper ao salvá-los de pescadores maus.

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    O que não é legal nesse filme: há muitas cenas de interação entre o golfinho e o garoto, inclusive algumas em que se dá a impressão de que o animal sorri. O "sorriso" do golfinho - que é resultado do formato de sua mandíbula e não de seu estado emocional - é uma das mentiras usadas pela indústria do turismo com cetáceos para convencer as pessoas de que esses animais são felizes em cativeiro.

     
  3. No mar com os golfinhos - A adolescente Alyssa se muda para uma ilha do Caribe e descobre que pode se comunicar com os golfinhos. Quando o laboratório de pesquisa de seu pai está prestes a ser fechado, ela e o seu amigo golfinho unem forças para mantê-lo funcionando. 



    O que não é legal neste filme: as cenas de pessoas nadando com o golfinho evidencia mais uma falsa alegação na relação com esse animal, a de que é um ser amistoso, quando, na verdade, poderia atacar um ser humano.

 

O que você pode fazer para ajudar os golfinhos

Todos nós podemos fazer alguma coisa para ajudar os golfinhos em cativeiro.

Como turista, não financie essa indústria cruel. Não visite atrações com golfinhos e diga a seus amigos e familiares para não visitarem também. Boicote qualquer tipo de entretenimento que não respeite os animais!

Você também pode pressionar as gigantes da indústria do turismo para que parem de vender ingressos para atrações com golfinhos.

Empresas como TripAdvisor, British Airways Holidays, Booking.com e Virgin Holidays já se comprometeram a não lucrar com os golfinhos em cativeiro, mas o Grupo Expedia ainda não se juntou a esse movimento. Ajude-nos a pressioná-los assinando e compartilhando nossa petição.

Quer saber mais sobre o assunto? Em nosso relatório Por Trás do Sorriso, revelamos uma série de mentiras que a indústria do turismo conta às pessoas para continuar lucrando com esse tipo de atração.