Elefante em meio à natureza, comendo arbustos.

Animais fantásticos: elefantes

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Conheça algumas curiosidades sobre os maiores mamíferos terrestres vivos.

Os elefantes, nossos maiores mamíferos terrestres vivos, são muito amados por sua inteligência, força, carisma. Eles formam laços fortes entre si, têm memórias incríveis e são excelentes jardineiros.

Conheça mais sobre eles:

Fazendo história

Algumas pessoas pensam que os elefantes são uma evolução dos mamutes, mas a verdade é que eles são primos próximos desses gigantes. As duas espécies existiram ao mesmo tempo, mas em diferentes partes do globo. Pegadas de 7 milhões de anos atrás de uma manada de elefantes foram encontradas no Quênia e um fóssil de elefante, de 11 milhões de anos atrás, foi encontrado na China.

Existem duas espécies

Atualmente, existem duas espécies principais de elefantes: o africano e o asiático. Os elefantes africanos são maiores que os asiáticos, podendo atingir 3 metros de altura e pesar entre 4.000 e 7.500 quilos. Os elefantes africanos também têm orelhas maiores que os asiáticos.

As duas espécies podem viver até 70 anos na natureza.

Dois elefantes adultos na natureza, um deitado e outro em pé, com as trombas entrelaçadas

Foto: Following Giants

Memória de elefante

Os elefantes têm grandes cérebros e uma memória incrível. Há relatos de que eles conseguem reconhecer outros elefantes e pessoas anos, e até mesmo décadas, depois de terem os visto pela última vez.

Em um incidente bem conhecido, o proprietário de um santuário de elefantes dos Estados Unidos ficou surpreso quando duas elefantas se cumprimentaram com muito carinho e alegria em seu primeiro encontro. Depois, o proprietário descobriu que elas estiveram no mesmo circo por apenas alguns meses, 23 anos atrás.

A boa memória também os ajuda, em tempos de seca, a encontrar bebedouros que eles podem ter usado décadas atrás. Além disso, pesquisadores notaram que os elefantes aparentemente reconhecem e rastreiam a localização de até 30 companheiros por vez.

E, assim como as pessoas, os golfinhos e grandes macacos, os elefantes também se reconhecem em um espelho.

Tromba de elefante

As trombas dos elefantes realmente são narizes longos, altamente sensíveis e ativos. Por serem formados por cerca de 40.000 músculos, as trombas podem fazer movimentos muito precisos – assim como nós fazemos com os dedos. Há relatos de pessoas dizendo que os elefantes asiáticos pegam um amendoim, o descascam, sopram a cascam e o comem.

Dois elefantes adultos na natureza, um deitado e outro em pé, com as trombas entrelaçadas

As trombas também são ferramentas vitais para que eles possam beber e nadar. Os elefantes podem armazenar até 8 litros de água e funcionam como snorkels quando nadam debaixo d’água.

Além disso, os elefantes usam as trombas para sugar água ou poeira e espalhar sobre suas costas – a poeira serve para proteger suas peles sensíveis dos raios solares.

Viajantes selvagens

Os elefantes viajam grandes distâncias – em um único dia, eles podem viajar até 10 quilômetros em florestas densas, e ainda mais em pastagens. Seu território pode variar até 30 quilômetros quadrado.

Eles passam cerca de 12 a 18 horas se alimentando de gramas e pastando em cascas de árvores, raízes, folhas e pequenos caules – comendo até 300 quilos de comida por dia.

Salvando o planeta

Os elefantes são ótimos jardineiros: moldam a paisagem arrancando e derrubando árvores, além de cavar para buscar água com suas presas e trombas. Por meio de seu esterco, eles plantam as sementes de plantas, arbustos e árvores.

Dois elefantes adultos na natureza, um deitado e outro em pé, com as trombas entrelaçadas

Foto: Pixabay

Isso faz com que ecossistemas inteiros dependam deles, já que suas atividades de jardinagem ajudam ambientes a se regenerar e fornecem abrigo, comida e água para muitos animais menores.

Fêmeas no poder

Geralmente, os elefantes vivem em manadas de até 30 fêmeas e elefantes jovens – embora existam relatos de manadas de mais de 100 animais. As manadas, normalmente (mas nem sempre), são lideradas por uma fêmea dominante.

Os machos adultos normalmente viajam sozinhos desde a puberdade, mas podem se juntar a manadas de tempos em tempos ou formar grupos temporários apenas de machos.

Formando uma família

Os elefantes machos ficam prontos para acasalar quando alcançam altos níveis de hormônios reprodutivos em seus sistemas (em inglês, ‘musth’). Isso acontece uma vez por ano e dura de 2 a 3 meses. Já as elefantas só conseguem engravidar durante alguns dias do ano.

A gravidez das elefantas é longa: dura cerca de 20 a 22 meses e as mães são bastante ligadas aos filhotes. Os filhotes machos ficam com elas por cerca de 4 a 5 anos, sendo supervisionados até atingirem a puberdade, e as fêmeas permanecem com a manada de nascimento por toda a vida.

Dois elefantes adultos na natureza, um deitado e outro em pé, com as trombas entrelaçadas

Foto: Mahouts Elephant Foundation

Bons comunicadores

Os elefantes se comunicam usando todos os seus sentidos e todo seu corpo. Cientistas registraram ao menos 70 tipos de vocalizações e 160 diferentes sinais visuais e táteis, expressões e gestos.

Além de rugidos, estrondos, trombetas e sons de bufado, alguns ruídos emitidos por elefantes têm uma frequência muito baixa, os quais nós não conseguimos ouvir, mas os elefantes sim – de até 80 quilômetros de distância! Eles usam esses sons por vários motivos, como chamar outros de volta para a manada e alertar sobre perigos.

As trombas também são uma importante ferramenta de comunicação, já que eles a usam para tocar, acariciar e cheirar uns aos outros e para manter seus laços sociais.

Dois elefantes adultos na natureza, um deitado e outro em pé, com as trombas entrelaçadas

Foto: Rachel Claire - Pexels

Declínio da população selvagem

A perda de seus habitats naturais e a caça ilegal ameaçam a sobrevivência dos elefantes em toda a África e Ásia. Atualmente, existem cerca de 38.000 a 52.000 elefantes asiáticos e pelo menos 472.269 elefantes africanos na natureza.

Enquanto isso, cerca de 14.000 a 16.000 elefantes são mantidos em cativeiro na Ásia e várias centenas de animais são mantidos em cativeiro em atrações turísticas na África – a maioria na África do Sul –, onde são explorados para performar truques em espetáculos, carregar turistas nas costas e servir de acessórios para selfies.

Viver em cativeiro causa muito estresse e sofrimento a esses animais.