COP30 em Belém, o que conquistamos para os animais e por que isso importa para o clima
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Ao longo de duas semanas intensas, a Proteção Animal Mundial levou para a conferência uma mensagem clara e urgente: não existe futuro climático seguro sem proteger a fauna silvestre e sem transformar o sistema alimentar.
Este é o balanço do que fizemos em Belém e de como cada uma dessas ações reforça nossa missão global de mover o mundo para proteger os animais. O conteúdo se conecta ao nosso blog sobre COP30, animais e clima, que explica em detalhes o que está em jogo na conferência e por que as decisões sobre sistemas alimentares são tão importantes para os animais e para os biomas brasileiros, disponível aqui. Proteção Animal Mundial
Para quem quer voltar alguns passos na linha do tempo, nossa jornada já vinha sendo construída desde conteúdos como “500 dias para a COP30” e o blog “Você sabe o que é a COP28”, que mostram o caminho até Belém e como a agenda de clima foi sendo preparada no Brasil.
Diálogos nos territórios e alianças para transformar sistemas alimentares
Nossa primeira semana começou com conversas fundamentais na Cúpula dos Povos. Em parceria com a Articulação Nacional de Agroecologia e com a Pesticide Action Network Asia Pacific, debatemos caminhos reais para uma transição justa, conectando agroecologia, justiça climática e bem-estar animal nos territórios.
Esse debate se articula com conteúdos que já publicamos sobre sistemas alimentares, clima e justiça social, como o blog “Transição justa, o caminho para um futuro sustentável e equitativo”, que explica por que mudar o modelo de produção de alimentos é essencial para reduzir emissões, proteger animais e garantir um futuro mais justo.
Também dialogamos com a Associação Brasileira de Saúde Única e com a Associação de Mulheres Indígenas Tikuna, reforçando um ponto central da nossa atuação: não existe saúde humana sem biodiversidade viva nem sem respeito aos territórios indígenas. Essa perspectiva está alinhada ao que defendemos em conteúdos como “Plano Clima Participativo”, que aproxima políticas públicas de clima, sistemas alimentares e proteção dos animais. Proteção Animal Mundial
Nas ruas de Belém, Marcha dos Povos pela fauna e pela justiça climática
Estivemos na Marcha dos Povos pelo Clima, que reuniu cerca de setenta mil pessoas em Belém. A caminhada conectou justiça climática, proteção da fauna, agroecologia, biodiversidade e direitos dos povos indígenas, e levou a pauta animal para o centro da mobilização, como contamos na notícia “Em Belém, Marcha dos Povos une vozes pela fauna e pela justiça climática na COP30”.
Essa presença nas ruas reforça o que já destacamos em outros momentos, como nos conteúdos sobre queimadas e vida silvestre e nas ações da campanha Vilões do Clima, que mostram como a destruição de florestas, o avanço da pecuária industrial e o sofrimento animal estão conectados à crise climática.
Chegada pela água, barqueata abre a Cúpula dos Povos

Na abertura da Cúpula dos Povos, nossa equipe esteve na barqueata em Belém, usando as águas da Amazônia para denunciar os impactos da crise climática na fauna e nas comunidades tradicionais. Essa ação é detalhada na notícia “Início da Cúpula dos Povos traz barqueata a Belém”, que mostra como a mensagem “O planeta aquece, animais sofrem, o sistema precisa mudar” e o lobo guará inflável ajudaram a conectar o público ao tema.
Banquetaço, cultura, comida e futuro agroecológico

Encerrando a Cúpula dos Povos, apoiamos o Banquetaço, uma grande mesa coletiva que distribuiu refeições produzidas com ingredientes da agricultura familiar e agroecológica. Essa ação mostrou, na prática, que existe um modelo de alimentação capaz de proteger florestas, reduzir emissões e evitar o sofrimento de bilhões de animais.
O evento está registrado na notícia “Banquetaço mostra que resposta à crise climática passa pela agroecologia”, que reforça como crise climática, defesa da fauna, soberania alimentar e conservação da biodiversidade caminham juntas.
Essa defesa de sistemas alimentares mais justos e compassivos também aparece em iniciativas como o “Ponto Animal na Feira do MST” e em textos que aproximam agroecologia, reformulação de cadeias produtivas e bem-estar animal.
Posicionamento firme contra greenwashing na agenda climática
Durante a COP30, o governo brasileiro anunciou uma iniciativa para integrar mercados de carbono em escala global. Respondemos rapidamente, alertando para o risco de que, sem salvaguardas claras, esse tipo de mecanismo possa ser usado como greenwashing por empresas que mantêm animais em sistemas cruéis e continuam pressionando biomas sensíveis.
Essa preocupação está diretamente ligada à nossa campanha Vilões do Clima, que expõe o papel de grandes empresas, como a JBS, na destruição de florestas, nas emissões e no sofrimento animal, como mostramos na notícia “JBS é exposta nas ruas de São Paulo na campanha Vilões do Clima” e em conteúdos como “Ação reforça que entrada da JBS na Bolsa de Nova Iorque é ameaça climática, sanitária e ambiental”.
Também registramos, no nosso blog, a tentativa de silenciamento sofrida pela campanha e a posterior decisão judicial que reconheceu a legitimidade do nosso ativismo, como detalhado em “Nota sobre tentativa de silenciamento sofrida no exercício do direito à liberdade de expressão e manifestação” e em “Comemoramos decisão favorável à manifestação pacífica no caso da JBS”.
Reuniões estratégicas com o MMA e avanços em políticas públicas
Nossa atuação na COP30 não ficou restrita aos espaços públicos. Também avançamos em políticas estruturais. A notícia “Ministério do Meio Ambiente e Proteção Animal Mundial reforçam parceria” registra a reunião entre nossa CEO global, Tricia Croasdell, e Rita Mesquita, Secretária Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais, em que discutimos refaunação, protocolos de soltura, restauração ecológica e integração do bem-estar animal em políticas climáticas.
Esses avanços dialogam com a notícia “Nossas contribuições foram incorporadas ao Marco de Sistemas Alimentares e Clima”, que celebra o fato de nossas propostas terem sido acolhidas no Marco de Referência do MDS, consolidando a visão de que bem-estar animal, segurança alimentar e clima precisam caminhar juntos.
CETAS na COP30, fauna e adaptação climática lado a lado

Na Green Zone, realizamos o painel “Cetas como instrumento de adaptação climática para a biodiversidade”, destacando como o aumento das queimadas, do tráfico e da perda de habitat faz crescer a chegada de animais aos Centros de Triagem e como isso se conecta aos impactos da crise climática.
Essa discussão está detalhada na notícia “Conservação da fauna ganha destaque na agenda climática durante a COP30”, que mostra especialistas defendendo que a fauna precisa ocupar espaço central nas negociações climáticas e que os CETAS são peça estratégica na adaptação, na biodiversidade e no enfrentamento às mudanças do clima.
Agroecologia como solução climática real
Ainda durante a conferência, participamos de atividades que conectam agroecologia, justiça climática e bem-estar animal, como registrado na matéria “Proteção Animal Mundial participa da COP30 em defesa do clima e dos animais”, que apresenta nossa agenda de painéis sobre transição justa, CETAS e sistemas alimentares.
Esse debate se soma a conteúdos que já vínhamos construindo antes da conferência, como “Transição justa, o caminho para um futuro sustentável e equitativo” e “Ponto Animal leva o bem-estar animal à Feira do MST”, que mostram na prática como sistemas agroecológicos protegem animais, fortalecem comunidades e reduzem emissões.
Negociações finais e o que ficou em aberto
Os textos finais da COP30 foram aprovados após longas horas de negociação e ficaram aquém da urgência climática. Houve avanços pontuais, como o reconhecimento da necessidade de transição justa e a inclusão de florestas e sistemas alimentares na Declaração de Belém, mas ainda com metas tímidas e sem o nível de compromisso necessário diante da crise.
A quase ausência dos animais nos documentos finais mostra por que precisamos continuar fortalecendo nossa presença nas conferências e consolidando alianças com outros grupos da sociedade civil.
Caminhos para a COP31 e para um futuro melhor para os animais
Apesar dos desafios, a COP30 consolidou a Proteção Animal Mundial como referência global na defesa da vida silvestre e na transformação dos sistemas alimentares. Nossa atuação em Belém se soma a uma trajetória que inclui campanhas como Vilões do Clima, a construção de marcos de políticas públicas, a incidência em espaços internacionais desde a COP28 e o diálogo contínuo com movimentos sociais e comunidades tradicionais.
Seguiremos:
- protegendo a fauna silvestre
- enfrentando a pecuária industrial
- defendendo florestas e ecossistemas
- pressionando por políticas climáticas coerentes com a ciência e com o bem-estar animal
Nosso compromisso é seguir movendo o mundo para proteger os animais, e isso só é possível com o apoio de pessoas que leem, compartilham, se mobilizam e caminham ao nosso lado.
Continue explorando o tema CLIMA e COP
Conheça histórias reais, ações de defesa e conteúdos em nosso Instagram que ajudam a compreender a dimensão da crise climática e como a Proteção Animal Mundial atua para combater seus impactos e garantir o bem-estar dos animais.
- O Clima está Mudando. E os Animais estão Pagando o Preço!: Conteúdo que alerta sobre como o desmatamento, as queimadas e a agropecuária industrial liberam gases de efeito estufa como o CO₂ e o metano, e como isso afeta diretamente a vida selvagem.
- Agropecuária Industrial Incompatível com Acordos Climáticos: Alerta sobre como a produção animal em larga escala é uma fonte significativa de emissões de metano (CH4), um gás de efeito estufa potente, e como essa indústria é incompatível com os acordos globais para enfrentar a crise climática.
- COP30 no Brasil: Um Convite à Preservação Ambiental: Conteúdo que ressalta a realização da COP30 no Brasil, na Amazônia, como um momento crucial para o mundo olhar de perto a urgência da preservação ambiental e a inclusão dos animais nas discussões climáticas globais.
- Proteção Animal pelo Clima - Na Rota de Belém: Campanha que destaca a importância da Proteção Animal no contexto da crise climática. Menciona a preparação para a COP30 em Belém (PA), chamando a atenção para a urgência da preservação ambiental na Amazônia.
- 2025 é o ano de agir pelos animais e pelo clima: Chamada para ação e manifesto por sistemas alimentares que respeitem o clima, a natureza e a vida dos animais.