imagem de um elefante com uma argola de circo na tromba

Por trás do palco: o preço do entretenimento e o sofrimento dos elefantes

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Aprofunde-se no assunto pelo ponto de vista do elefante e repense sobre o bem-estar animal em programas circenses.

O elefante é um mamífero de grande porte que pode atingir 70 anos em vida livre. Percorre longas distâncias, até 10 km diários em florestas densas. Passa cerca de 15 horas por dia consumindo em média 150kg de alimento, como gramíneas, cascas de árvores, raízes, folhas e pequenos caules. 

As fêmeas têm um período de gestação extenso, de 20 até 22 meses e, após o nascimento, cuidam dos filhos durante os primeiros quatro anos e depois seguem supervisionando por vários anos, demonstrando uma relação muito próxima entre mãe e filhote. 

Esses animais são extremamente inteligentes, tem ótima capacidade de memória e se organizam em uma estrutura social complexa. Além disso, são altamente sensíveis e carinhosos, demonstram tristeza, alegria, compaixão e altruísmo com outros membros do grupo.  

Suas características únicas fizeram com que fossem usados como atrativo turístico em diversos países. É uma indústria que movimenta milhares de turistas e abusa desses animais silvestres nos bastidores, onde sofrem de desnutrição, doenças, ferimentos, comportamentos induzidos por estresse e até canibalismo – conforme constatamos no relatório “Criados para lucrar: a verdade sobre o comércio global de silvestres”.

O lado Invisível do espetáculo e os impactos do treinamento forçado 

Do ponto de vista do bem-estar animal, diversos aspectos são avaliados para entender se um animal está com uma qualidade de vida garantida, até porque os elefantes são seres sencientes, capazes de sentir emoções positivas e negativas. 

Os principais fatores para o bem-estar animal são fisiológicos, comportamentais e mentais, como liberdade para realizar comportamentos naturais, higiene do recinto, ruído sonoros, área de descanso, elementos naturais no ambiente, interação social com outros elefantes, alimentação adequada, intensidade de contato com público e manejo do animal pelos tratadores 

Programas que oferecem espetáculos circenses, banho ou passeio montado podem parecer inofensivos para o espectador, mas fazer um elefante aceitar esse contato próximo com humanos requer um treinamento extremamente intensivo e cruel.  

O condicionamento do elefante para obedecer ao treinador é baseado na dominação do elefante, imobilizando e machucando para transmitir essa mensagem para o animal.

Dependendo da experiência dos tratadores envolvidos e da personalidade de cada elefante, pode levar de alguns dias a mais de uma semana até que o elefante seja domado, esse processo é conhecido como quebra de espírito, pois ao final do processo o animal está apático sem reagir aos estímulos que lhe incomodam 

Normalmente o filhote é separado da mãe ainda jovem, antes de completar o período da maternidade, tanto para facilitar esse processo de dominação, quanto para ser exposto ainda cedo para turistas. 

Os filhotes geram forte interesse e atraem bastante público, justamente por serem inofensivos. Vários locais recebem mais de 1.000 visitantes por dia e os elefantes são continuamente solicitados a interagir com os turistas, muitas vezes ao som de música alta.  

Quando não estão trabalhando, os elefantes normalmente ficam acorrentados em pátios de concreto. São diferentes fatores que se somam e afetam a qualidade de vida e o estado mental, fazem com que esses animais permaneçam num estado de estresse constante que gera impactos na saúde física também.  

Garantir padrões de bem-estar aos elefantes em cativeiro é uma tarefa muito difícil. Seu tamanho, vida social complexa, alta inteligência, grandes áreas de vida, dieta diversificada e grande repertório comportamental tornam complexo atender às suas necessidades sociais e ambientais em cativeiro. 

É por isso que não devemos estimular o mercado de turismo que explora elefantes para interagir com o públicoUma das formas é pressionar as principais empresas de viagens do mundo parem de lucrar com atrações que submetem animais selvagens a uma vida de sofrimento, como shows com golfinhos e passeios de elefantes. 

Exija que a CVC, Decolar, Trip.com e GetYourGuide parem de vender atrações com animais selvagens em cativeiro 

Com a sua ajuda, acabaremos com a venda de ingressos para locais onde golfinhos, elefantes, primatas e grandes felinos são explorados para entreter as pessoas.  
  
Ao assinar a petição, você mostrará que não os apoia até que eles parem de lucrar com essas atividades e se comprometam a implementar uma política de bem-estar animal. 

Ao final da campanha, entregaremos as assinaturas para as empresas e mostraremos que as pessoas não apoiam mais atrações que exploram animais selvagens.

Assine a petição!

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Ao enviar este formulário, concordo em receber mais comunicações da Proteção Animal Mundial e entendo que posso desistir a qualquer momento. Para obter informações sobre como usamos seus dados e como os mantemos seguros, leia nossa política de privacidade.

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