Pegadas do Xama em Paraty

Xamã emociona Paraty

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O Ponto Animal levou informação e emoção à cidade histórica com a exibição do documentário "Xamã – No Rastro da Onça" e atividades interativas.

No último sábado, 22 de fevereiro, o Ponto Animal fez história em Paraty. Durante a edição especial da Gira de Verão, levamos informação, emoção e muita interação ao coração da cidade histórica. Com turistas e moradores circulando entre as atividades, foi uma oportunidade única de ampliar o debate sobre os impactos da agropecuária industrial na vida silvestre.

Pegadas do Xamã marcam o centro histórico

O dia começou cedo, e o primeiro sinal de que seria especial apareceu nas bucólicas ruas de Paraty: pegadas do Xamã surgiram diante da Igreja Santa Rita, um dos ícones da cidade, e em uma das charmosas ruas do centro histórico. Símbolo da jornada de resistência do filhote de onça-pintada resgatado dos incêndios no Mato Grosso, essas marcas despertaram a curiosidade de quem passava, preparando o terreno para o que viria a seguir.

  • Ponto Animal Paraty - estrutura
  • Ponto Animal Paraty - doador
  • Ponto Animal Paraty - familia assistindo defaunacao
  • Ponto Animal Paraty - crianças no espaco kids
  • Ponto Animal Paraty - plateia assistindo documentário Xama - no rastro da onça
  • Ponto Animal Paraty - pessoas tirando foto com lobo-guará
  • Ponto Animal Paraty - criança assistindo making of defaunação

Conexão, aprendizado e diversão no Ponto Animal

Entre 16h e 22h, o Ponto Animal se tornou o centro das atenções. Muitas pessoas, entre turistas e moradores, passaram pelo espaço, conversaram com nossa equipe, conheceram mais sobre nossas campanhas e sobre a história do Xamã. O público também fez doações, fortalecendo nossa luta pela proteção da fauna silvestre.

As crianças deram um show à parte! No Espaço Kids, elas se divertiram com tatuagens temporárias, desenhos para colorir e, claro, os bonecos infláveis de lobo-guará e onça-pintada, que garantiram fotos e sorrisos inesquecíveis.

O documentário que emocionou Paraty

O grande destaque foi a exibição do documentário "Xamã – No Rastro da Onça". Entre 19h e 22h, o filme foi transmitido em looping, sempre com plateia cheia. As projeções na parede da Igreja da Matriz foram o ponto alto do evento, impactando e sensibilizando os espectadores sobre as consequências das queimadas e da destruição dos habitats naturais.
O público acompanhou cada detalhe da trajetória do Xamã, desde o resgate até sua reintrodução na floresta. Se emocionou, refletiu e saiu do evento ainda mais consciente sobre a urgência de proteger os animais silvestres.

Uma despedida marcante

Assim como a chuva marcou a chegada de Xamã ao recinto de reabilitação, ela também apareceu no fim do evento em Paraty, trazendo um refresco à nossa despedida. Uma coincidência simbólica, como se a própria natureza nos lembrasse de sua força e da importância de continuar lutando por ela.
Agora, convidamos você a se aprofundar nessa história!

Assine nosso manifesto e ajude a proteger a vida animal da destruição!

Juntos, podemos garantir um futuro onde Xamã e tantas outras espécies possam viver livres, seguros e longe da ameaça das queimadas.

Junte-se a nós para salvar nossa fauna

Ajude a combater os impactos da agropecuária industrial. Assine o manifesto em defesa da vida silvestre.

Ao enviar este formulário, concordo em receber mais comunicações da Proteção Animal Mundial e entendo que posso desistir a qualquer momento.

Saiba como usamos seus dados e como os mantemos seguros: Política de Privacidade.

Manifesto “Em defesa da Vida Silvestre”

“Defaunação, não! Refaunação, já!”

Este é um pedido para colocarmos fim à defaunação no Brasil.


Pedimos licença para falar pelos animais silvestres e expor o conjunto de ameaças que acontece dentro de seus habitats naturais.

Elas são muitas e chegam por todos os lados. A partir do momento que os humanos invadem áreas naturais e modificam os ecossistemas, devem se responsabilizar pelos impactos que trazem aos seus habitantes.

O desmatamento é a principal causa da perda de habitats no Brasil. Por meio dele não perdemos só árvores, mas destruímos também o lar e a vida de inúmeros animais. 

Neste momento, está acontecendo uma enorme perda de áreas naturais habitáveis em todos os biomas brasileiros, em especial na Amazônia e no Cerrado – que concentraram 85% do desmatamento do país nos últimos cinco anos, segundo dados do Mapbiomas.

E tem mais: 97% de toda essa área desmatada foi para uso da agropecuária. Florestas, campos e savanas, com as milhões de espécies que abrigam, estão sendo convertidos em monoculturas e pasto, acabando com sua biodiversidade.

Após o desmate, outras agressões ambientais aprofundam as ameaças aos animais silvestres. Como no caso das queimadas para a limpeza de terras que muitas vezes saem de controle e queimam novas áreas nativas, levando à carbonização, asfixia e queima de ninhos e tocas de milhares de espécies, como araras e lobos-guará, afugentando todos os animais que ali vivem e não é só isso.

Após toda devastação e destruição, vem a contaminação por agrotóxicos em lavouras estabelecidas.

Pressionada por esse conjunto de ações humanas que destroem seus habitats, a fauna silvestre, quando não se vê aprisionada em pequenos fragmentos de mata, é expulsa de seus locais de abrigo e alimentação ou obrigada a se deslocar, ficando exposta a atropelamentos em rodovias, ao tráfico de animais, aos conflitos com humanos, à fome e sede.

De acordo com o CBEE (Centro Brasileiro de Estudos de Ecologia de Estradas), estima-se que 15 animais silvestres morram atropelados por segundo no Brasil... Outros tantos, como antas, tamanduás e lobos-guará, para além dos insetos como abelhas e borboletas, adoecem ou morrem envenenados pelos agrotóxicos.

Fugir de seus lares em busca de sobrevivência faz com que os animais fiquem ainda mais vulneráveis à caça e ao comércio de silvestres, que é outra grande ameaça à fauna, sendo legalizado ou não.

Animais silvestres não nasceram para serem transformados em animais de estimação, tampouco para atenderem ao prazer sádico pela caça esportiva ou para entretenimento e selfies.

Infelizmente, a caça de silvestres no Brasil corre risco de ser legalizada, aumentando ainda mais a pressão que vem ocorrendo nos biomas brasileiros.

Os animais não são produtos para serem comercializados. Não podemos deixar que a nossa fauna seja caçada e comercializada para qualquer finalidade.

Nem prisioneiros nem refugiados

A fauna silvestre precisa de ambientes seguros, saudáveis e com espaço suficiente para existir. Como prevê a Constituição Federal, no artigo 225: é proibido práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem extinção ou que submetam os animais à crueldade.

Para além de suas funções ecológicas, os animais também são seres sencientes, dotados de sentimentos, inteligência e autonomia. Eles são sujeitos de direitos e não objetos, como muitas legislações brasileiras passaram a reconhecer.

Entre seus direitos, está o da liberdade e o de viver plenamente de acordo com seus comportamentos naturais – e não como animais de estimação.

O desmatamento, a agropecuária industrial e o comércio de animais prejudicam o bem-estar animal e têm levado à defaunação, que é a perda de animais silvestres nos seus habitats naturais.

Refaunação já!

Atuamos para que os animais silvestres vivam em seus habitats, livres da exploração comercial e de ameaças, podendo expressar seus comportamentos naturais. Mas não basta apenas interromper a destruição ou restaurar áreas já desmatadas.

É preciso refaunar e trazer de volta os animais para as florestas!

Florestas vazias não conseguem se manter e prosperar de forma saudável. As soluções para isso já existem.

Por isso, defendemos:

Priorizar a restauração de áreas degradadas para corredores ecológicos da fauna, revertendo a fragmentação de habitats e o isolamento das espécies;

Substituir o modelo agroindustrial baseado em monoculturas e agrotóxicos pela agrofloresta e agroecologia, com uso de bioinsumos, para uma convivência mais harmoniosa e saudável da produção de alimentos com a fauna silvestre;

Tornar obrigatório as passagens de fauna nas rodovias brasileiras;

Incentivar e estruturar o turismo de observação de animais nos roteiros de ecoturismo e turismo regenerativo como alternativas econômicas sustentáveis para comunidades locais, sem a exploração comercial das espécies;

Aprimorar as leis brasileiras para que reconheçam os animais como sujeitos de direitos, sencientes e não objetos.

Faça sua doação!

Você pode nos ajudar a escrever histórias com finais tão felizes quanto a do Xamã

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