Mais 43 escolas da Amazônia terão aulas sobre a proteção do boto cor-de-rosa

Mais 43 escolas da Amazônia terão aulas sobre a proteção do boto cor-de-rosa

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Iniciativa da World Animal Protection é desenvolvida junto aos professores locais em áreas onde o animal é ameaçado pela caça

O nosso projeto de educação “Comunidades pelo Boto” será expandido para 43 escolas na zona rural de Uarini, no Amazonas.

Após o sucesso do projeto piloto, realizado em Porto Braga, a iniciativa conseguiu o apoio da Secretaria Municipal de Educação de Uarini.

Com isso, mais de 1400 crianças irão participar de uma série de exercícios em aula sobre a biologia do boto, as ameaças que o cercam e se divertir com o nosso jogo educativo “Apú e o espírito do rio”.

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O projeto de educação comunitária é realizado em colaboração com professores locais, que recebem treinamento e um pacote de ferramentas de educação.

Por que Uarini é importante?

A iniciativa teve início em Porto Braga e está em andamento em Nova Esperança, no município de Fonte Boa.

Ambas as comunidades, assim como o município de Uarini, ficam em uma região onde o boto cor-de-rosa ainda é ameaçado pela caça ilegal.

O maior cetáceo dos rios amazônicos vem sendo morto com arpões e usado como isca para pescar um bagre carniceiro: a piracatinga.

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A prática contribui, segundo pesquisadores brasileiros, para que a população de botos reduza até 10% a cada ano.

O objetivo da World Animal Protection com o projeto é que as crianças e moradores do interior da Amazônia possam se transformar em agentes da mudança e ajudar na proteção ao boto.

Os professores estão bastante empolgados. Disseram que, como os alunos, eles também estão aprendendo muito e tendo oportunidade de conhecer o boto de uma forma como nunca puderam”, se anima Priscila Pereira, consultora local da World Animal Protection, após uma visita em Nova Esperança.

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Já em Porto Braga, os docentes acrescentaram que o projeto é um incentivo aos professores da região, muitas vezes desanimados com as dificuldades da profissão no interior do Amazonas.

Salvando um boto por vez

Em Porto Braga, a iniciativa de educação ajudou mais de 70 alunos e 180 ribeirinhos a compreender por que os botos são tão importantes para a sua comunidade.

O impacto ficou claro há alguns meses, quando um garoto de 8 anos impediu que um boto fosse morto pelo seu tio. “Foi uma das história mais bonita que nos contaram”, relembra Roberto Vieto, gerente de Vida Silvestre da World Animal Protection.

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Jake estava em um barco, pescando com o tio, quando eles avistaram um boto. Preocupado que ele interferisse na atividade, o adulto pediu que o menino passasse o arpão para matar o animal.

Mas o garoto se recusou.

Na entrevista abaixo, Jake conta que passou a considerar o boto como um amigo e que defendeu o animal para o tio, impedindo-o de matá-lo. “Lá mesmo, eu abaixei a minha cabeça”, relembra Jones Martins da Silva, o tio do menino.  

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Nosso trabalho abrange desde a luta pelo fim da comercialização de piracatinga até a busca por alternativas de renda sustentáveis que possam substituir a pesca.

O impacto do projeto ficou claro há alguns meses, quando um garoto de 8 anos impediu que o seu tio matasse um boto cor-de-rosa