Proteção Animal Mundial participa do evento Diálogos Amazônicos
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Nossa equipe participou de uma plenária para falar sobre o agronegócio e desmatamento na Amazônia, bem como as consequências para o clima, fauna e saúde única.
Entre os dias 4 e 6 de agosto, a Proteção Animal Mundial esteve presente no evento Diálogos Amazônicos, em Belém do Pará. O evento, que integra a programação da Cúpula da Amazônia, teve atividades divididas em plenárias organizadas pelo Governo Federal, com ampla participação social e atividades auto-organizadas por entidades da sociedade civil, academia, centros de pesquisa e agências governamentais.
No último dia do evento, levamos para discussão a relação entre o desmatamento e o avanço do agronegócio, destacando o impacto para a fauna silvestre, o clima e a saúde única. A plenária foi realizada em parceira com a Mighty Earth.
Além de proporcionar um espaço de discussão sobre os animais e os impactos ambientais causados pelo desmatamento, nossa equipe também procurou ouvir, aprender e entender as demandas dos diferentes atores locais quanto ao desenvolvimento sociobioeconômico na região amazônica, a fim de entender a dinâmica local e pensar como a Proteção Animal Mundial pode ter incidência na região.
“Fiquei surpresa de não encontrar outras palestras destacando os impactos do desmatamento na fauna silvestre. Também foi pouco mencionado ao longo do evento a responsabilização das empresas que impulsionam o desmatamento. Acredito que isso reforça a importância da Proteção Animal Mundial ser a voz e representar esses animais em espaços de discussão”, comenta Julia Daumas Trevisan, Analista de Campanhas de Vida Silvestre na Proteção Animal Mundial.
Ao longo dos 3 dias de evento, nossas equipes de Sistemas Alimentares, Vida Silvestre e Assuntos Externos participaram de palestras sobre sobre sistemas agroflorestais e agricultura orgânica, familiar e agroecológica, buscando entender os desafios e oportunidades de implementação.
Equipe da Proteção Animal Mundial e Mighty Earth durante a plenária no Diálogos Amazônicos. Imagem: Eric Terena/Mighty Earth
"Fica evidente a dificuldade de escoamento da produção, diante da complexa logística do bioma amazônico. Além disso, há uma grande preocupação das comunidades tradicionais em relação ao avanço do agronegócio e garimpo ilegal, por conta da contaminação e impacto ambiental que essas atividades geram. Outro ponto em destaque foi a necessidade de tecnologia, focada na realidade local, e extensão rural das produções agroflorestais, para otimização do manejo", acrescenta Julia.
"Outro ponto bastante discutido foi a demanda por legislações inclusivas para que produtores pequenos alcancem mercados como as grandes empresas, que recebem subsídios e operam com menor custo de produção. O atual modelo afasta a produção em pequena escala e impossibilita que o pequeno produtor consiga a regulamentação da sua produção", declara Karina Rie Ishida, Coordenadora de Campanhas de Sistemas Alimentares da Proteção Animal Mundial.
Os resultados do evento foram apresentados por representantes da sociedade civil aos líderes reunidos na Cúpula da Amazônia, que aconteceu nos dias 8 e 9 de agosto de 2023 em Belém.
Imagem do topo: Eric Terena/Mighty Earth