xamã onça pintada: imagem da onça Xamã olhando para a câmera atrás das grades de uma gaiola de segurança

Xamã: conheça a história da onça-pintada reintroduzida na Amazônia

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Saiba mais sobre a importância desse momento histórico e entenda a relação do agronegócio no impacto de vidas silvestres como a da onça-pintada.

Xamã, um filhote macho de onça-pintada (Panthera onca, espécie Vulnerável no Brasil, ICMBio 2018), foi reintroduzido ao seu habitat, na floresta amazônica. E por que devemos celebrar?

Essa operação pode ser um grande divisor de águas para a conservação da espécie e vai indicar o sucesso do método de reintrodução de uma onça-pintada macho na Amazônia.  

Além de poder exercer o seu papel ecológico, como macho saudável e fértil, Xamã poderá contribuir com o aumento populacional da espécie. A experiência de reintrodução do Xamã na Amazônia também deve gerar conhecimentos científicos para a conservação de onças-pintadas em liberdade no bioma amazônico.

Durante todo o processo, desde o resgate do felino e até nos anos seguintes após a sua soltura, Xamã será um gerador de dados sobre a sua adaptação. Esses dados vão ajudar na reabilitação futura de outros machos da espécie, o que poderá, inclusive, amparar decisões para políticas públicas. Ou seja, a história do Xamã não termina após a volta ao seu habitat.  

Conheça a jornada do Xamã

  • Xamã onça-pintada: imagem da onça Xamã filhote dentro de uma sala olhando pra cima e rungindo
  • Una cría de jaguar rescatada en Brasil que quedó huérfana debido a los incedios forestales en Brasil.
  • Xamã onça-pintada: imagem do Xamã desacordado em cima de um carro com suporte para animal, sendo observado por quatro pessoas.
  • Xamã onça-pintada: imagem da patinha do Xamã sendo medida por uma trena e a mão de um especialista
  • Xamã onça-pintada: imagem do rosto do Xamã dormindo no chão em meio a floresta

Vamos relembrar essa jornada que teve início em 17 de agosto de 2022, quando Xamã foi resgatado em uma propriedade privada nas imediações do rio Teles Pires, em Mato Grosso. 

Com cerca de dois meses de vida e pesando pouco mais de 10 quilos, o filhote – que tudo indica havia se perdido da mãe ao fugir de um grande incêndio florestal na região – foi encontrado acuado por cães e estava assustado, desnutrido e desidratado. Após ser resgatado pelas autoridades, Xamã foi encaminhado para o Hospital Veterinário (Hovet) da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), na cidade de Sinop (MT). 

Nos primeiros dias, até que os veterinários pudessem fazer a sexagem do animal, acreditava-se que a onça-pintada era uma fêmea, por isso, Xamã era chamado de Juma.  O filhote foi submetido a uma bateria de exames para averiguação da sua condição de saúde. 

Inicialmente, Xamã recebeu reposição nutricional e apresentou uma melhora consistente do score corporal. Gradualmente, foram introduzidos elementos de enriquecimento ambiental para que ele se sentisse seguro no recinto temporário. Nesse novo local, foi deixado sozinho para estimular o seu desenvolvimento. 

É importante lembrar que, desde o início, seguindo um protocolo cuidadoso, a equipe constatou que Xamã manteve os instintos selvagens, como o comportamento arisco em relação à presença humana. E esse é um aspecto essencial quando o objetivo é a reintrodução de um animal à natureza.  

Por isso, evitar o imprinting – que pode ser entendido como a habituação ou apego aos humanos – é fundamental para garantir o sucesso no retorno à vida selvagem. Do ponto de vista do bem-estar de um animal, ou seja, da possibilidade de um indivíduo expressar plena e livremente todos os comportamentos naturais, o retorno à natureza é o caminho a ser seguido.  

Desafio logístico: como transportar uma onça-pintada? 

Imagem de veículos transportando o Xamã em uma balsa que cruza o rio Teles Pires.

Com a saúde restabelecida e os comportamentos naturais da espécie preservados, Xamã empreendeu uma viagem de 500 quilômetros até o Pará para dar início a segunda etapa da sua recuperação. E como se transporta uma onça-pintada por toda essa distância?  

Três meses antes, em outubro de 2022, foi consolidada uma rede de parceiros para o projeto Xamã e teve início todo o trabalho de planejamento.  Depois de toda a documentação organizada, foi obtida, no mês seguinte, a autorização para o transporte do felino. Paralelamente, a rede de parceiros estudou a logística de transporte mais adequada para o Xamã.  

Avaliadas as opções – transporte aéreo, parte da viagem terrestre e outra aérea ou viagem somente por terra – foi decidido que a terceira opção seria a melhor para o Xamã. A escolha levou em conta as condições das estradas, estimativa de tempo de deslocamento e possíveis impactos para o animal.

Doe para salvar os animais da Amazônia

A licença SISBIO – emitida pelo Instituto Chico Mendes – autorizando a reabilitação do animal, foi concedida no final de dezembro de 2022. E após os últimos preparativos – que incluíram sedação, uma nova bateria de exames e a acomodação em uma caixa de contenção e transporte construída especialmente para o Xamã – na madrugada do dia 20 de janeiro de 2023 teve início a viagem.  

A escolha do horário foi para minimizar o estresse, a exposição térmica e para diminuir as chances de interferências de tráfego. Nessa etapa, o peso da onça-pintada havia triplicado, chegando a 27, 5 quilos. 

O deslocamento, que envolveu uma força-tarefa, incluiu rodovias principais, secundárias, travessia de balsa e 80 km de estrada de terra. Ao longo do percurso foram feitas pausas regulares para checagem do animal, além de hidratação e alimentação.  

No final do dia, Xamã chegou ao local de reabilitação. Logo na transferência da caixa de transporte para o recinto de cambiamento – uma pequena separação temporária na entrada do recinto principal –, o comportamento de Xamã deixou claro seu desejo de se afastar das pessoas e de se embrenhar novamente na mata. 

A equipe decidiu, portanto, descartar a necessidade de pré-adaptação e optou pela soltura direto na área de 15 mil m2 de imersão. Aberta a porta do cambiamento, Xamã partiu em disparada para a mata.

Última etapa antes da reintrodução 

Imagem de drone destacando o novo recinto de reabilitação do Xamã.

Mantendo o protocolo de bem-estar, Xamã foi assistido por uma equipe de biólogos para ganhar os comportamentos básicos de sua espécie, como caça e defesa. O objetivo foi que ele aprendesseo que teria aprendido com sua mãe até por volta dos 17 meses de idade. 

Para isso, Xamã contou com a área de floresta amazônica nativa densa e rica exclusivamente para ele. No dia a dia, o contato com humanos foi mínimo e suas movimentações foram acompanhadas por câmeras. 

Assim que chegou ao habitat, Xamã sumiu por alguns dias, mas foi flagrado por uma câmera cinco dias depois. O felino, que a esa altura já se alimentava normalmente, passou a explorar ativamente a nova casa e elegeu um açude como um dos seus locais favoritos.   

A vida de Xamã ao voltar para a natureza

Agora solto, Xamã terá acompanhamento por meio de um rádio colar que permitirá aos especialistas monitorarem remotamente, por pelo menos um ano, aspectos como a sua movimentação, a atividade de delimitação de espaço e a marcação de território. Tudo isso para terem certeza de que ele estará adaptado e saudável. 

Em março de 2025, cinco meses após retornar para a natureza, a equipe do Onçafari divulgou que o Xamã segue explorando a floresta. Desde a soltura, ele tem andado, uma área de aproximadamente 13 mil hectares. 

Uma curiosidade sobre a movimentação do Xamã é que ele evita fortemente áreas abertas e de plantação. Seu deslocamento é feito somente em áreas de mata fechada.

Onças-pintadas na Amazônia 

O Brasil é considerado um país chave para a conservação da espécie, uma vez que ainda concentra as maiores populações de onças-pintadas do mundo. Tendo a área mais extensa de habitat adequado e não-fragmentado para este felino, a Amazônia é o território mais importante para a conservação da onça-pintada em longo prazo. 

Entre outros aspectos, a presença das onças-pintadas, por sua vez, é estratégica para a preservação ambiental porque estes animais atuam como espécies bioindicadoras, ou seja, são muito sensíveis a perturbações ambientais e, por isso, são úteis no monitoramento da qualidade do habitat.

Embora seja uma espécie soberana nas florestas e cerrados do Brasil, a onça-pintada enfrenta graves ameaças de extinção. Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a onça-pintada é considerada globalmente como quase ameaçada.

No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente a classifica como vulnerável, com exceção da Mata Atlântica, onde a situação é ainda mais crítica, sendo considerada em perigo crítico. Estima-se, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que restem apenas cerca de 300 onças-pintadas nessa região. No Pampa, a espécie já foi declarada extinta.

Status da onça-pintada na IUCN Red List (International Union for Conservation of Nature’s Red List): "quase ameaçada".

Conforme o mapeamento da IUCN, a diminuição do número de felinos está ligada ao desmatamento de áreas florestais e à expansão da agricultura e pecuária.

Com a redução dos habitats naturais e a caça ilegal de queixadas e outras pequenas espécies que fazem parte de sua dieta, as onças são forçadas a se aproximar de rodovias e a invadir propriedades rurais em busca de alimento, o que leva à caça predatória por fazendeiros.

Agronegócio transforma animais como o Xamã em vítimas do fogo  

O nosso alerta é que esses incêndios, que exterminam com o habitat e dizimam a vida de milhares de animais silvestres e provocam queimaduras graves em diversas espécies é provocado pelo agronegócio. 

A agropecuária intensiva destrói habitats, em biomas como o Amazonas e o Cerrado, para o plantio de grãos de milho e soja que serão transformados em ração para animais criados confinados no modelo de agropecuária industrial. No Pantanal, o fogo é ateado para abrir novas áreas de pastagem e para limpeza de terreno, que ao perder o controle, causa grandes incêndios.  

Esse quadro de perda de habitats e queimadas se traduz para os animais em impactos diretos principalmente de queimaduras, desidratação, asfixia por fumaça.No momento da fuga, a desorientação costuma levar a traumas diversos, como choques contra edificações e atropelamentos ao cruzar estradas. 

No pós-fogo, a perda de ninhos, a falta de alimento (pela morte de presas, queima da vegetação, de frutos e sementes) ou de água aparecem como impactos indiretos ligadas aos fogos sobre a vida silvestre.

Doe para salvar os animais das queimadas

A separação dos filhotes de suas famílias é outro impacto, a exemplo do que ocorreu com Xamã. Para os jovens animais que conseguem se recuperar, mas que não aprenderam os comportamentos básicos de sobrevivência, isso surge como um novo obstáculo para o retorno aos seus habitats.  

Recentemente, lançamos o documentário BR- 163, na qual relatamos diferentes impactos do setor agropecuário na fauna silvestre. Além do filme, também lançamos a música Defaunação, que reuniu artistas como Ney Matogrosso, Frejat, Letrux, Mahmundi e Zahy Tentehar, para chamar a atenção do impacto do agronegócio nos biomas brasileiros e a enorme perda de fauna que estamos presenciando no país. 

A música alerta que, ao mesmo passo que transforma animais silvestres em vítimas, o agronegócio alimenta o sofrimento dos animais de produção tratados como meras mercadorias no sistema industrial. 

Não podemos esquecer que, além do sofrimento animal, as comunidades tradicionais também são profundamente afetadas pela expansão do agronegócio, que é a atividade responsável todas essas notícias lastimáveis de incêndio que temos acompanhado ao longo dos anos.

Parceiros na jornada de reabilitação do Xamã

Proteção animal e conservação ambiental não se faz de forma solitária.  Todo esse projeto – do resgate à reintrodução de Xamã – está sendo empreendido por um conjunto de parceiros públicos e do terceiro setor. 

O processo de resgate, tratamento e guarda do animal esteve a cargo da equipe do Hovet/Setor de Atendimento de Animais Silvestres/UFMT, com acompanhamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso (Sema-MT). 

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), atuaram na supervisão técnica e na gestão administrativa como autoridades públicas. 

Nós, da Proteção Animal Mundial, atuamos como patrocinadores e consultores do projeto, tendo acompanhado localmente em Sinop a fase de recuperação do filhote em colaboração com o Instituto Ecótono (IEco). 

O Onçafari, entidade especialista em reintrodução de felinos no país, foi envolvido para viabilizar a reintrodução e assume a partir de agora, também aportando recursos, como parceiro no manejo de Xamã até a sua soltura e posterior monitoramento remoto na natureza.

Você pode fazer a diferença!

A jornada de Xamã é um símbolo poderoso da luta pela proteção da vida silvestre e do nosso compromisso em reverter a defaunação no Brasil. Mas essa batalha não pode ser vencida sem a participação de todos. Junte-se a nós e faça parte desta causa urgente!

Assine o nosso manifesto em defesa da vida silvestre e ajude a proteger animais como Xamã, que enfrentam diariamente as consequências das ações humanas. Ao assinar, você estará contribuindo para a preservação dos biomas e para um futuro onde a vida animal seja respeitada e protegida.

Junte-se a nós para salvar nossa fauna

Ajude a combater os impactos da agropecuária industrial. Assine o manifesto em defesa da vida silvestre.

Ao enviar este formulário, concordo em receber mais comunicações da Proteção Animal Mundial e entendo que posso desistir a qualquer momento.

Saiba como usamos seus dados e como os mantemos seguros: Política de Privacidade.

Manifesto “Em defesa da Vida Silvestre”

“Defaunação, não! Refaunação, já!”

Este é um pedido para colocarmos fim à defaunação no Brasil.


Pedimos licença para falar pelos animais silvestres e expor o conjunto de ameaças que acontece dentro de seus habitats naturais.

Elas são muitas e chegam por todos os lados. A partir do momento que os humanos invadem áreas naturais e modificam os ecossistemas, devem se responsabilizar pelos impactos que trazem aos seus habitantes.

O desmatamento é a principal causa da perda de habitats no Brasil. Por meio dele não perdemos só árvores, mas destruímos também o lar e a vida de inúmeros animais. 

Neste momento, está acontecendo uma enorme perda de áreas naturais habitáveis em todos os biomas brasileiros, em especial na Amazônia e no Cerrado – que concentraram 85% do desmatamento do país nos últimos cinco anos, segundo dados do Mapbiomas.

E tem mais: 97% de toda essa área desmatada foi para uso da agropecuária. Florestas, campos e savanas, com as milhões de espécies que abrigam, estão sendo convertidos em monoculturas e pasto, acabando com sua biodiversidade.

Após o desmate, outras agressões ambientais aprofundam as ameaças aos animais silvestres. Como no caso das queimadas para a limpeza de terras que muitas vezes saem de controle e queimam novas áreas nativas, levando à carbonização, asfixia e queima de ninhos e tocas de milhares de espécies, como araras e lobos-guará, afugentando todos os animais que ali vivem e não é só isso.

Após toda devastação e destruição, vem a contaminação por agrotóxicos em lavouras estabelecidas.

Pressionada por esse conjunto de ações humanas que destroem seus habitats, a fauna silvestre, quando não se vê aprisionada em pequenos fragmentos de mata, é expulsa de seus locais de abrigo e alimentação ou obrigada a se deslocar, ficando exposta a atropelamentos em rodovias, ao tráfico de animais, aos conflitos com humanos, à fome e sede.

De acordo com o CBEE (Centro Brasileiro de Estudos de Ecologia de Estradas), estima-se que 15 animais silvestres morram atropelados por segundo no Brasil... Outros tantos, como antas, tamanduás e lobos-guará, para além dos insetos como abelhas e borboletas, adoecem ou morrem envenenados pelos agrotóxicos.

Fugir de seus lares em busca de sobrevivência faz com que os animais fiquem ainda mais vulneráveis à caça e ao comércio de silvestres, que é outra grande ameaça à fauna, sendo legalizado ou não.

Animais silvestres não nasceram para serem transformados em animais de estimação, tampouco para atenderem ao prazer sádico pela caça esportiva ou para entretenimento e selfies.

Infelizmente, a caça de silvestres no Brasil corre risco de ser legalizada, aumentando ainda mais a pressão que vem ocorrendo nos biomas brasileiros.

Os animais não são produtos para serem comercializados. Não podemos deixar que a nossa fauna seja caçada e comercializada para qualquer finalidade.

Nem prisioneiros nem refugiados

A fauna silvestre precisa de ambientes seguros, saudáveis e com espaço suficiente para existir. Como prevê a Constituição Federal, no artigo 225: é proibido práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem extinção ou que submetam os animais à crueldade.

Para além de suas funções ecológicas, os animais também são seres sencientes, dotados de sentimentos, inteligência e autonomia. Eles são sujeitos de direitos e não objetos, como muitas legislações brasileiras passaram a reconhecer.

Entre seus direitos, está o da liberdade e o de viver plenamente de acordo com seus comportamentos naturais – e não como animais de estimação.

O desmatamento, a agropecuária industrial e o comércio de animais prejudicam o bem-estar animal e têm levado à defaunação, que é a perda de animais silvestres nos seus habitats naturais.

Refaunação já!

Atuamos para que os animais silvestres vivam em seus habitats, livres da exploração comercial e de ameaças, podendo expressar seus comportamentos naturais. Mas não basta apenas interromper a destruição ou restaurar áreas já desmatadas.

É preciso refaunar e trazer de volta os animais para as florestas!

Florestas vazias não conseguem se manter e prosperar de forma saudável. As soluções para isso já existem.

Por isso, defendemos:

Priorizar a restauração de áreas degradadas para corredores ecológicos da fauna, revertendo a fragmentação de habitats e o isolamento das espécies;

Substituir o modelo agroindustrial baseado em monoculturas e agrotóxicos pela agrofloresta e agroecologia, com uso de bioinsumos, para uma convivência mais harmoniosa e saudável da produção de alimentos com a fauna silvestre;

Tornar obrigatório as passagens de fauna nas rodovias brasileiras;

Incentivar e estruturar o turismo de observação de animais nos roteiros de ecoturismo e turismo regenerativo como alternativas econômicas sustentáveis para comunidades locais, sem a exploração comercial das espécies;

Aprimorar as leis brasileiras para que reconheçam os animais como sujeitos de direitos, sencientes e não objetos.
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