
Ação no Rio de Janeiro chama atenção para o impacto da crise climática nos animais
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Marcamos presença na Rio Climate Action Week para mostrar que a crise climática não pode ser discutida sem considerar a vida dos animais.
Os animais são os primeiros a sentir os efeitos da crise climática: ondas de calor que matam aves em poucos minutos, enchentes que arrastam centenas de indivíduos e queimadas que deixam macacos, tamanduás, preguiças e inúmeras outras espécies sem lar.
Essa vulnerabilidade revela como a vida animal é um termômetro dos desequilíbrios ambientais que também ameaçam a humanidade. Por isso, é essencial reconhecermos a importância dos animais na discussão climática.
Foi com essa mensagem que levamos a pauta animal para o coração da Rio Climate Action Week (Semana da Ação pelo Clima do Rio de Janeiro), defendendo que não é possível debater mudanças climáticas sem incluir a causa animal.
Como foi a nossa ação
Realizamos uma mobilização em frente ao Museu do Amanhã, na Praça Mauá, local escolhido para o evento, e na Enseada de Botafogo.
Junto a voluntários e apoiadores, a ação levou banners e cartazes com mensagens que chamavam a atenção para a urgência da crise climática e seu impacto direto sobre os animais.
Em um protesto pacífico, empunhamos cartazes com as frases:
- O planeta passou do limite. Os animais não podem esperar
- O agro devasta, o povo paga
- O agro destrói, os animais desaparecem
Destacamos a necessidade de repensar o modelo de produção e consumo que devasta ecossistemas, acelera a perda de biodiversidade e compromete os recursos naturais.
A intervenção buscou provocar reflexão sobre os danos que o agronegócio e o consumo desenfreado causam ao planeta e aos animais, reforçando a urgência de integrar essa pauta às discussões climáticas.
Veja algumas imagens da atividade:
Fotos: Lucas Landau
“Os animais são seres sencientes, ou seja, assim como os humanos, sentem dor, medo, empatia e são severamente atingidos pelas mudanças do clima, mas não têm voz para pedir que sejam lembrados nessas discussões. E é por isso que estamos aqui. Esses animais são impactados em situações como enchentes, a exemplo das que ocorreram no Rio Grande do Sul, em queimadas no Pantanal e na Amazônia, além das secas severas na região Norte. Esses eventos parecem isolados, mas são consequência da crise climática que afeta a vida das pessoas e dos animais”, afirma nossa Gerente de Clima, Camila Nakaharada.
“Os sistemas alimentares no Brasil representam 74% das emissões de gases de efeito estufa no país, segundo um estudo do Observatório do Clima. E o setor que mais eleva esse resultado é a pecuária industrial, por conta do desmatamento que a atividade causa no território brasileiro, contribuindo fortemente para o aquecimento global”, explica Camila.
Como resultado, os animais silvestres perdem habitat para a expansão do agronegócio, atividade que inclui o desmatamento de áreas nativas para o plantio de grãos.
A primeira parada em uma jornada maior
Nossa presença no evento marcou o início de um percurso que seguirá até a COP 30, em Belém. Aproveitamos o evento para lançar a campanha Na Rota de Belém.
Trata-se de uma jornada de mobilização que conecta sociedade civil, voluntários e apoiadores em torno da defesa da causa animal no debate climático.
A ação realizada no Museu do Amanhã foi apenas a primeira parada dessa trajetória. Vamos seguir trabalhando, nas próximas semanas, com foco no nosso principal objetivo: ampliar a visibilidade da pauta e garantir que a voz dos animais esteja presente nas principais discussões internacionais sobre o clima.