Belém - Barqueata da Cúpula dos Povos leva mais de 200 embarcações à Baía do Guajará durante a 30ª Conferência das Partes (COP30). Foto de Hermes Caruzo/COP30

Início da Cúpula dos Povos traz barqueata a Belém

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Nas águas da Amazônia, organizações da sociedade civil e movimentos sociais chegaram a Belém (PA) para mostrar que todos somos impactados pela crise climática, mas que também somos parte da solução. Nós estivemos lá para ecoar a causa animal e a justiça climática

Fauna, Amazônia e justiça climática na abertura da Cúpula dos Povos na COP30

Nas águas da Amazônia, movimentos sociais e organizações da sociedade civil chegaram a Belém para denunciar os impactos da crise climática e para mostrar que proteger a fauna é essencial para construir soluções reais. Nós estivemos lá para ecoar a causa animal e reforçar a importância da biodiversidade na luta pelo clima. Para entender essa conexão e acompanhar nossa cobertura completa da COP30, acesse o blog

A barqueata abriu a Cúpula dos Povos com um chamado pela justiça climática

Sobre o Rio Guamá e a Baía do Guajará, mais de cinco mil pessoas em duzentas embarcações marcaram um momento histórico para a justiça climática. A barqueata abriu a Cúpula dos Povos e levou para o centro de Belém uma mensagem clara sobre a crise climática, a destruição da biodiversidade e a urgência de proteger a Amazônia e a vida silvestre.

A Cúpula dos Povos acontece paralelamente à COP30 e reúne organizações não governamentais, comunidades tradicionais, movimentos sociais e coletivos engajados na construção de soluções climáticas baseadas na natureza, na agroecologia e nos conhecimentos ancestrais.

A Proteção Animal Mundial levou a mensagem dos animais para a COP30

Nós participamos da barqueata com a frase “O planeta aquece, animais sofrem, o sistema precisa mudar”, acompanhados por um enorme lobo guará inflável que lembrou o impacto da crise climática na fauna brasileira.

Camila Nakaharada, nossa gerente de Clima, e Natália Figueiredo, nossa gerente de Políticas Públicas, integraram a Caravana da Resposta ao lado de lideranças como o cacique kayapó Raoni Metuktire, um dos maiores defensores da Amazônia.

“Nós movemos o mundo pelos animais e, hoje, movemos também as águas da Amazônia junto aos povos indígenas, às comunidades tradicionais e aos movimentos sociais e periféricos”, afirmou Camila Nakaharada. “Todo mundo se juntou nesse ato simbólico de abertura da Cúpula dos Povos para trazer a mensagem de que a resposta para a crise climática é coletiva, é agroecológica, é ancestral. A resposta vem dos territórios”, refletiu.

Fauna, clima e sistemas alimentares na COP30

Ao longo da COP30, tanto na área oficial da ONU quanto na Cúpula dos Povos, estamos reforçando que proteger os animais significa proteger o clima. A agropecuária industrial pressiona ecossistemas, acelera emissões e causa sofrimento animal. A transição para sistemas sustentáveis é fundamental para a biodiversidade e para a estabilidade climática.

Biodiversidade e saúde única como proteção coletiva

Nas Atividades Enlaçadas, dialogaremos com a Associação Brasileira de Saúde Única e com a Associação de Mulheres Indígenas Tikuna sobre o papel da biodiversidade como escudo natural contra epidemias e sobre a importância dos povos indígenas como guardiões dos ecossistemas.

Outro encontro será com a Articulação Nacional de Agroecologia, a Fundação Oswaldo Cruz e a Pesticide Alternative da Ásia, com foco na agroecologia como solução climática que protege a fauna, fortalece comunidades e reduz impactos ambientais.

Amazônia, sociedade civil e luta coletiva pelo clima

Seguiremos presentes na Marcha Global pelo Clima e no Banquetaço da Agricultura Familiar. Ambas as mobilizações reforçam que comunidades tradicionais e movimentos sociais são essenciais para defender a Amazônia, a biodiversidade e a vida silvestre.

“Estamos na COP30 e na Cúpula dos Povos para mostrar que a causa animal impulsiona a justiça climática e é aliada das soluções climáticas. Nós sabemos que as comunidades tradicionais, os povos indígenas e os movimentos sociais não têm voz dentro das negociações climáticas da COP. E a voz dos animais tem ainda menos espaço. Então, estamos aqui para somar forças nesse movimento e fazer ecoar a causa animal”, conclui Camila.

Saiba mais sobre animais, clima e COP30

Acesse nosso conteúdo completo e entenda por que proteger a fauna é fundamental para enfrentar a crise climática.

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