Em Belém, Marcha dos Povos une vozes pela fauna e pela justiça climática na COP30
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A Marcha dos Povos pelo Clima tomou as ruas de Belém com força e diversidade no último sábado. A mobilização reuniu cerca de setenta mil pessoas nos arredores da COP30, conectando temas essenciais como justiça climática, proteção da fauna, agroecologia, biodiversidade e direitos dos povos indígenas.
A Proteção Animal Mundial esteve presente para reforçar uma mensagem central. Não existe justiça climática sem a defesa da vida silvestre. Para entender como fauna e clima se conectam, veja também nosso conteúdo especial sobre a COP30.
Fauna na linha de frente
Nossa participação destacou o lema “O planeta aquece, animais sofrem, o sistema precisa mudar”, acompanhado de figuras simbólicas da fauna brasileira, como capivara, lobo-guará, arara-azul e bicho-preguiça. A presença dessas espécies lembrou que elas estão entre as primeiras a sentir os impactos da emergência climática.
“Os animais despertam nos humanos um senso de cuidado, uma empatia e esse é mais um jeito da gente mostrar para as pessoas o quanto é importante pensar sobre a emergência climática. É uma forma da gente colocar esse tema em destaque e demonstrar o quanto é preciso estarmos juntos. Esse é um problema urgente e todas as formas de vida estão sendo afetadas”, afirmou nossa gerente de Clima, Camila Nakaharada.
Ela lembrou ainda a importância do retorno dos protestos populares à COP depois de três edições realizadas em países que não permitem manifestações.
Justiça climática também é justiça pela fauna
Animais silvestres sofrem diariamente os impactos da destruição ambiental e do avanço da agropecuária industrial. Segundo dados reconhecidos internacionalmente, esse setor é responsável por mais de setenta por cento do desmatamento recente na Amazônia. Sem floresta, sem equilíbrio climático. Sem equilíbrio climático, animais selvagens perdem habitat, alimento e espaço vital.
Por isso denunciamos publicamente o sofrimento animal provocado pelo sistema alimentar industrial e reforçamos que transições agroecológicas são fundamentais para proteger animais, clima e biodiversidade.
Voluntariado que faz história
A marcha também marcou um momento histórico para nossa atuação no Pará. Pela primeira vez, tivemos um bloco composto por cerca de trinta voluntários de Belém e cidades próximas, todos unidos para defender a fauna. Jovens, adultos e idosos caminharam lado a lado com histórias de cuidado, afeto e ativismo pelos animais.
Juliana Modaneze, nossa coordenadora de Trabalho Voluntário, destacou. “Fomos acolhidos pelo povo de Belém e percebemos como há espaço para a Proteção Animal Mundial ter uma presença mais ativa na capital do Pará. Os voluntários tornaram esse momento ainda mais simbólico. Foi uma troca profunda”.
Entre os relatos marcantes estava o de Edilza Martins D'Ávila, de quarenta e nove anos, que viveu vinte anos na Ilha de Algodoal. Ela trouxe à marcha a denúncia sobre a tração animal na região.
“Eu via todos os dias animais sofrendo no sol escaldante, carregando peso. Isso acontece em todo o Pará. Estou nessa luta porque não podemos nos calar pelos animais. Esse é um momento de visibilidade mundial e eu quis trazer essa luta para cá”, disse Edilza.
Presença ativa na Cúpula dos Povos
Nossa programação segue neste domingo, dia dezesseis, no Banquetaço da Agricultura Familiar, às quatorze horas, na Praça da República. Vamos reforçar o papel dos sistemas agroecológicos como resposta concreta à crise climática, ao sofrimento animal e à destruição de habitats.
O que você pode fazer agora
Em paralelo à COP30, a campanha Na Rota de Belém da Proteção Animal Mundial convoca uma mudança urgente nos sistemas alimentares, para que o futuro climático inclua proteção da fauna e justiça para trabalhadores do campo.
Transformar o sistema alimentar, reduzir o consumo de produtos de origem animal e fortalecer práticas sustentáveis são passos essenciais para equilibrar o planeta.
- Conheça mais sobre a nossa campanha Na Rota de Belém
- Assine o Manifesto por Sistemas Alimentares justos e sustentáveis
- Assine a petição contra a destruição do clima pela JBS.
- Reduza o consumo de carne industrial e priorize alimentos vegetais.
- Compartilhe nas redes sociais e amplie o debate sobre clima e fauna.
- Cadastre-se para receber boletins sobre clima, Amazônia e políticas públicas.
Quanto mais pessoas entenderem que fauna e clima caminham juntas, maior será o impacto coletivo.
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