Paraná proíbe criação de chinchilas e outros animais silvestres para extração de peles

Paraná proíbe criação de animais para extrair pele

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Estado é o 2º maior produtor do Brasil, responsável por 20% do mercado nacional de peles de chinchilas, coelhos, raposas e esquilos

Rosangela Ribeiro, gerente de programas veterinários da World Animal Protection, comemorou a proibição:

“A extração de peles é cruel e desnecessária”.

“Não há nada que justifique a morte desses animais", ressaltou, "existem materiais sintéticos e humanitários, que não provocam nenhum sofrimento”. 

Considerados como “artigos de luxo”, chinchilas e outras espécies silvestres passam a vida inteira confinadas em pequenas gaiolas, em condições precárias, para depois ser abatidas por eletrocussão. Muitas têm a sua pele retirada enquanto ainda estão vivas.

“É uma prática extremamente cruel e para fins meramente estéticos”, critica Ribeiro.

50 chinchilas por casaco

As chinchilas são pequenos roedores da América Latina. Além da criação em cativeiro, a espécie também é caçada na natureza – para venda como “pet exótico” ou extração da pele.

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Em média, para produzir um único casaco são mortas 50 chinchilas.

Coelhos, raposas e esquilos também são criados para abate no Brasil, em menor escala. A produção nacional de peles é liderada pelo Rio Grande do Sul (60%), seguida até o momento pelo Paraná. 

Tentativa de veto e vitória

A nova legistação do Paraná proíbe a criação ou a manutenção de animais com a finalidade exclusiva de extração das suas peles, sejam eles domésticos ou silvestres.

O PL 217/2015 chegou a ser vetado pelo Governo do Estado do Paraná. Felizmente, nesta segunda-feira (29), deputados estaduais conseguiram derrubar o veto por unanimidade.

“A vitória prova que existe mais consciência social sobre a importância do bem-estar dos animais para a cidadania”, parabenizou a gerente de programas veterinários da World Animal Protection.

“Esta é uma lei que precisa ser replicada por outros estados do Brasil”

A medida deve ser promulgada e entrar em vigor nos próximos dias. As empresas que desrespeitarem a nova legislação receberão multas de aproximadamente R$ 4 mil por animal e podem ter seu registro cassado.

“É uma prática extremamente cruel e para fins meramente estéticos