
Ranking de crueldade animal no turismo é revelado
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Em nosso novo relatório mostramos quais empresas líderes mundiais estão promovendo ou combatendo a crueldade com animais.
Nosso novo relatório, De Olho na Indústria de Turismo (disponível em inglês), expõe quais empresas de turismo promovem a crueldade contra os animais por meio de passeios e excursões que vendem e quais protegem a vida silvestre - como o Airbnb, que obteve a pontuação mais alta.
Passeios com elefante, selfies com filhotes de tigre, shows com golfinhos e outras apresentações no estilo de circo são grandes negócios para as empresas de turismo, que lucram com turistas que nem sempre conhecem a realidade por trás dessas atrações. Mas a verdade é que os animais silvestres explorados para essas atividades não ganham nada.
Golfinhos pulando em bambolês em uma atração turística
Arrancados da natureza ou criados em cativeiro, os silvestres são separados de suas mães muito cedo e obrigados a viver em condições inaceitáveis, em uma prisão perpétua de miséria e sofrimento.
COVID-19 é uma oportunidade para a indústria
No momento, o turismo está em pausa devido à pandemia de COVID-19. Por isso queremos que a indústria de viagens aproveite esta oportunidade para voltar mais forte, resiliente e ética, protegendo os animais silvestres ao invés de feri-los. E esse também é um desejo do público: pesquisas turísticas globais mostraram que 85% dos entrevistados acreditam que as empresas de viagens devem evitar atividades que envolvam o sofrimento de animais selvagens.
O nosso novo relatório foi construído por meio de uma pesquisa realizada pela University of Surrey, do Reino Unido, e analisou de forma independente os compromissos públicos que as empresas de viagens assumiram e não assumiram e os classificou em ordem.
As empresas avaliadas foram: Airbnb, AttractionTickets.com, Booking.com, DER Touristik, Expedia, Flight Centre, GetYourGuide, Klook, Musement, The Travel Corporation, Tripadvisor, TUI.co.uk, Trip.com and Viator.
As pontuações
A Airbnb foi a melhor classificada por marcar pontos completos quando se trata de proibir apresentações, lutas e corridas para todos os animais silvestres. A empresa também obteve uma pontuação elevada por definir um escopo claro para sua política, tornando-a explicitamente aplicável a todos fornecedores, produtos e marcas.
Quando estava desenvolvendo sua política de bem-estar animal, a Airbnb trabalhou com a gente para garantir que ela fosse desenvolvida de acordo com os mais altos padrões.
The Travel Corporation, Tripadvisor, Booking.com e Viator também tiveram boas pontuações.
A maioria das empresas tem um longo caminho a percorrer
A maioria das empresas avaliadas, como a Expedia e a Flight Centre, têm melhorias significativas a fazer e acabaram sendo classificadas como "ruins" e "muito ruins", respectivamente.
GetYourGuide, Klook e Musement estão no final do ranking e serão deixados para trás por empresas mais progressistas se naõ aumentarem seus compromissos com o bem-estar animal.
Um filhote de elefante "jogando futebol" para entreter visitantes
As empresas foram avaliadas em quatro áreas principais:
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Compromisso: Disponibilidade e qualidade das políticas de bem-estar animal publicadas e como elas são aplicáveis a todas as suas marcas.
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Metas e desempenho: Disponibilidade e escopo das metas estabelecidas no tempo de publicação e progresso em direção ao cumprimento dos compromissos de bem-estar dos animais.
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Mudança no fornecimento da indústria: Disponibilidade e qualidade do engajamento com fornecedores e a indústria em geral para implementar mudanças favoráveis à vida silvestre.
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Mudança na demanda do consumidor: Disponibilidade e qualidade de conteúdo educacional de bem-estar animal e ferramentas para capacitar os consumidores a fazerem escolhas de viagens que respeitem os animais.
“As pessoas desejam ter uma experiência com animais silvestres, contudo, há uma mudança no perfil dos turistas, que não toleram mais a crueldade nessas atrações. Em Manaus, nados em aglomeração com botos cor-de-rosa e abraços e selfies com bichos-preguiça e jacaretingas. No exterior, passeios em elefantes, selfies com tigres e leões e golfinhos sendo utilizados como prancha. Todas essas atrações, vendidas pela indústria como não danosas, são extremamente prejudiciais aos animais. Ter empresas globais reforçando a luta contra a crueldade animal é uma chance única de mudar o setor e acabar de vez com a cruel exploração das espécies silvestres”, afirma João Almeida, gerente de vida silvestre da Proteção Animal Mundial.
Devemos acabar com a exploração animal. Para sempre
Pedimos a todos - desde turistas até operadores turísticos - que assumam a responsabilidade e acabem para sempre com a exploração de animais silvestres.
Menos demanda por atrações turísticas cruéis significa que menos animais selvagens sofrerão - e que eles poderão permanecer onde eles pertencem: na natureza.
Mãe e filhote de elefante em uma atração com altos níveis de bem-estar animal
#ProtejaOsSilvestres
Estamos pedindo aos líderes mundiais do G-20 que proíbam o comércio global de animais silvestres para eliminar as ameaças de futuras pandemias - pelas pessoas, pelo planeta e pelos animais.
Já alcançamos mais de 703 mil assinaturas. Nosso objetivo é atingir 1 milhão para garantir que os líderes ouçam!
Os turistas estão cada vez mais preocupados com a crueldade contra os animais e continuaremos dando voz a eles e aumentando a pressão sobre as empresas de viagens para que façam mudanças reais e duradouras