Seu apoio trouxe resultados

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Governo colombiano recebe World Animal Protection para discutir a morte cruel e ilegal do boto. Leia relato dessas reuniões.

Uma semana. Esse foi o rápido período de tempo entre que lançamos uma petição ao governo colombiano pedindo ajuda para proteger o boto e que estávamos frente a frente com altos representantes do governo desse país, discutindo soluções para acabar com esse crime ambiental.

Na sexta-feira, dia 15 de agosto, junto com Ricardo Mora, diretor de programas da World Animal Protection América Latina, estivemos em duas reuniões-chave com autoridades colombianas que realmente podem mudar o futuro do boto.

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Falamos com representantes da Aunap (Autoridade Nacional de Aquicultura e Pesca da Colômbia), responsáveis por regulamentar o comércio de peixe no país, como da piracatinga brasileira, e com o Ministério de Relações Exteriores, que pode ajudar a deter a importação desse peixe. Em ambas as reuniões, apresentamos as 22 mil assinaturas que recolhemos até então em toda a América Latina (hoje já passamos das 31 mil assinaturas. Obrigado!).

Vocês já conhecem o problema, mas sempre é importante relembrar. O boto cor-de-rosa vem sendo morto de forma cruel na Amazônia brasileira para servir de isca à pesca da piracatinga, um peixe que é consumido principalmente na Colômbia. O Brasil já decretou uma moratória para a pesca da piracatinga, mas nosso temor é que esse peixe continue sendo exportado ilegalmente para a Colômbia – afinal, matar botos é ilegal no Brasil há 27 anos.

Junto com a Aunap, analisamos o preocupante crescimento das quantidades de piracatinga que entram de forma irregular em território colombiano e o uso de nomes falsos para vender o peixe, como capaz ou capacete – espécies muito apreciadas pelos colombianos, mas que estão ficando mais escassas devido à sobrepesca.

A autoridade de pesca compartilhou conosco a primeira medida que tomaram para prevenir essa prática na Colômbia. Em junho deste ano, publicou uma normativa (resolução AUNAP 00079 de  16 de junho de 2014) pela qual proíbe o uso de espécies ameaçadas como isca em toda atividade pesqueira. Excelente notícia, mas que não resolve o problema uma vez que não ataca o consumo da piracatinga, vetor da morte de botos do lado brasileiro da fronteira.

Por fim, por parte do Ministério de Relações Exteriores, houve avanços sobre a necessidade de frear a importação de piracatinga e sobre a intenção de discutir o problema em fóruns internacionais que envolvem todos os países amazônicos. Para o governo colombiano, um acordo bilateral com o Brasil poderia simplesmente empurrar o problema da caça de botos para outros países da região.

O governo colombiano abriu as portas para a World Animal Protection graças a você, que assinou e compartilhou a petição. Mas ainda não atingimos nosso objetivo de suspender o comércio de piracatinga brasileira.

Continuaremos negociando medidas urgentes para acabar com essa caça cruel e ilegal. E vocês serão os primeiros a saber de cada nova conquista. Enquanto isso, continuamos com nossa campanha e contamos com seu apoio. Juntos, movemos o mundo para proteger o boto.

Ainda não assinou a petição? Ajude-nos agora: www.euprotejoboto.org.br