Daniel Cruz, coordenador de bem-estar animal, está em um palanque, ao lado de uma projeção, durante palestra no Simpósio do Produtor do Bem.

Proteção Animal Mundial apoia simpósio sobre bem-estar animal na América Latina

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Evento reuniu organizações em prol da causa animal, empresas do setor de alimentação, pesquisadores e outras partes interessadas para debate.

Nos últimos dias 12 e 13 de abril, a Proteção Animal Mundial apoiou a realização do Simpósio “Definindo o futuro do bem-estar animal na América Latina”, realizado pela startup social Produtor do Bem. O evento teve como objetivo discutir as tendências e iniciativas para um novo patamar de bem-estar para os frangos de corte.

A urgência de melhores padrões de bem-estar animal com técnicas de manejo mais sustentáveis nunca esteve tão em pauta na América Latina como neste ano. Com o cenário sanitário exigindo muitos esforços na prevenção da Influenza Aviária, as discussões sobre as exigências de mercado e consumo, além das conversas sobre as constantes mudanças regulatórias nas articulações entre a cadeia produtiva, a academia, órgãos governamentais e a sociedade civil organizada, ganharam mais destaque.

Lisa Gunn, Diretora Executiva da Proteção Animal Mundial no Brasil, abriu o evento trazendo a perspectiva da organização. “Trabalhamos para garantir que os animais de produção vivam bem, transformando o sistema alimentar global e as atitudes em relação ao bem-estar dos animais de produção. Temos a responsabilidade conjunta de trabalhar por um mundo onde o respeito pelos animais e pela natureza esteja no centro de nosso sistema alimentar, que seja equitativo, sustentável, resiliente e capaz de alimentar o mundo", afirmou Lisa.

Lisa Gunn, Diretora Executiva da Proteção Animal Mundial, está de preto, em um palanque, abrindo o Simpósio do Produtor do Bem.

Lisa Gunn, Diretora Executiva da Proteção Animal Mundial, na abertura do evento

A Proteção Animal Mundial também foi representada por Daniel Cruz,  Coordenador de Bem-Estar Animal no Brasil, e Victor Yamo, Gerente de Campanhas de Sistemas Alimentares da no Quênia. Ambos abordaram a tendência dos consumidores atuais e ONGs frente ao bem-estar.

“Por anos, as práticas cruéis de produção animal prosperaram e contribuíram para baixos índices de bem-estar animal, danos à saúde pública e prejuízos ao meio ambiente. Muitos impactos antes estavam invisíveis à maioria dos consumidores, como o desmatamento causado pelas plantações de soja para produzir ração ou o uso exagerado de antibióticos nas produções pecuárias intensivas. Hoje, esses impactos são vistos como riscos à saúde única (pessoas, animais e ambiente), mas essa conscientização precisa ser ampliada", comenta Karina Ishida, Coordenadora de Bem-Estar Animal na Proteção Animal no Brasil. 

O evento também discutiu estratégias de sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (ESG), ações corporativas e as iniciativas e colaboração da indústria no bem-estar de frangos de corte, promovendo debates saudáveis entre todos os elos da cadeia produtiva da avicultura: universidades, produtores, indústria, companhias de alimentação e organizações da sociedade civil.