Cachorro vira-lata da cor preta, com manchas da cor caramelo, olhando para a câmera

Cães e gatos não podem ser infectados e não podem transmitir o coronavírus

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Não compartilhe informações falsas. Os animais de estimação não devem pagar o preço de nosso medo da doença.

Na última semana, um cão em Hong Kong foi colocado em quarentena por ter apresentado resultado positivo para o coronavírus. Com isso, muitas informações desencontradas e erradas foram apresentadas, criando alarme na população mundial. Mas é importante alertar que, apesar do teste positivo, até o momento não há evidências científicas de que animais domésticos, como cães e gatos, possam contrair e transmitir a doença.

“Não há provas que o cachorro esteja infectado pelo coronavírus. Como a sua tutora tem a doença, é muito provável que o que foi encontrado na saliva do animal seja resultado de seu contato próximo com ela e não uma infecção completa, com replicação e transmissão do vírus”, informa nossa gerente de programas veterinários, Rosângela Ribeiro.

Vale lembrar que, na realidade, o animal de Hong Kong teve um resultado ‘positivo fraco’ no teste para Covid-19, sendo, assim, um caso isolado. “Sabemos que cães podem ser infectados por um outro subtipo de coronavírus, não o Covid-19, além do que, a transmissão para humanos e outras espécies é incomum”, explica a veterinária.

Rosângela relembra um outro surto de vírus que causou pânico no mundo: a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). “Assim como no caso da SARS, em 2003, havia também o medo de que os animais pudessem espalhar a doença. Contudo, no final da epidemia, apenas oito gatos e um cão apresentaram resultado positivo para o vírus, mas nunca foi encontrado nenhum animal que transmitisse a doença aos seres humanos”, pontua.

A veterinária enfatiza a necessidade de cuidar dos animais em qualquer situação e não entrar em pânico, uma vez que não há nenhuma evidência que vincule os animais de estimação com a infecção e transmissão do vírus. “Disseminar esse tipo de notícia infundada pode gerar um pânico desnecessário em relação aos animais de estimação, colocando em risco as populações de cães e gatos nos países com o surto da doença”, alerta.