Grupo de cinco homens do movimento Escoteiros do Brasil, com coletes salva-vidas, andando em um rio que bate em seus joelhos.

Escoteiros lançam especialidade de Proteção de Animais Silvestres

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Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, os Escoteiros do Brasil lançam o treinamento "Proteção de Animais Silvestres" para que os escoteiros tornem-se especialistas no tema

Foto do cabeçalho: Banco de Imagens dos Escoteiros do Brasil

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), hoje, 5 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. E para celebrar esta data, os Escoteiros do Brasil lançam hoje o treinamento "Proteção de Animais Silvestres".

Para ser reconhecido como especialista em uma área, o escoteiro precisa dominar uma quantidade pré-determinada de itens para alcançar ao menos o nível I. Na especialidade de Proteção de Animais Silvestres, a quantidade mínima é de 4 itens. Para alcançar o nível II são necessários 8 itens, e para o nível III 12 itens.

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Entre as exigências descritas nos itens estão:

  • Explicar os conceitos de bem-estar animal e das cinco liberdades;
  • Fazer a distinção entre animais domésticos e animais silvestres;
  • Listar usos da fauna que prejudicam seu bem-estar e conservação, e provocar temas como crenças e superstições sobre a caça, o turismo predatório e uso em medicina tradicional;
  • Identificar cinco doenças em seres humanos causadas por zoonoses provenientes de animais silvestres e explicar como se dá a transmissão.

De acordo com Rubem Cordeiro, voluntário do Movimento Escoteiro há mais de 35 anos e membro do Comitê Escoteiro Interamericano, a especialidade de Proteção de Animais Silvestres é importante para que crianças, adolescentes e jovens possam assumir uma postura mais ativa a favor da sustentabilidade e do meio ambiente.

"Oferecer uma especialidade específica sobre a fauna silvestre representa uma rica oportunidade, onde os jovens poderão conhecer mais sobre a importância de proteger nossos animais, os conceitos de bem-estar animal, os impactos relacionados ao tráfico de animais silvestres e saber como funciona nossa legislação sobre o tema", comentou Rubem.

Segundo nosso gerente de campanhas de animais silvestres, João Almeida, a nova especialidade cria uma jornada que alia educação ambiental e divertimento.

"Para se tornarem protetores dos animais, os jovens entrarão em contato com uma série de informações relevantes sobre bem-estar animal, conservação da biodiversidade e risco de zoonoses. Além de consolidar o entendimento de que animais silvestres pertencem à natureza e que não devemos explorá-los de maneira comercial, como animais de estimação ou como entretenimento. Isso tudo, impulsionado pelo compromisso e seriedade que marcam o Movimento Escoteiros do Brasil, é uma força capaz de mudar a percepção que a sociedade tem a respeito da vida silvestre", acrescentou João Almeida.

Novas especialidades

A criação de novas especialidades pode ser dar de duas formas: a partir de uma iniciativa do próprio jovem - que, quando tem interesse por um tema específico e que não está contemplado no “Guia de Especialidades”, pode enviar a sugestão para a criação de uma nova especialidade - ou pela instituição (Escoteiros do Brasil). 

No caso da "Proteção de Animais Silvestres", foram os Escoteiros do Brasil que definiram o tema, que é relevante e tem relação com os valores da instituição, além de atender as demandas da sociedade e os interesses da juventude.

"A proteção ao meio ambiente e a nossa relação ativa com práticas sustentáveis fazem parte do DNA do Movimento Escoteiro. Temas como este costumam atrair bastante a atenção dos jovens, especialmente da geração atual, que gosta de aderir a causas que contribuem efetivamente para a construção de um mundo melhor. Temos certeza que esta nova especialidade será bastante atrativa e exitosa", acrescentou Rubem.