Ministros da saúde de todo o mundo são pressionados a evitar novas pandemias

Para enfatizar a importância de ações focadas na prevenção de futuras pandemias, enviamos uma carta aos ministros da saúde dos países integrantes da cúpula do G20, incluindo o ministro brasileiro, Marcelo Queiroga, para que eles apoiem o fim do comércio de animais selvagens e da destruição de seus habitats.

A solicitação foi enviada nos dias que antecedem o Global Health Summit, encontro ministerial que reúne líderes do G20, nesta sexta-feira, 21 de maio, para troca de experiências e conhecimentos no combate à pandemia do novo coronavírus.

Entre outros temas, pedimos que os ministros adotem o princípio de que a proteção de um bem público, como a resiliência sanitária global, deve prevalecer sobre o interesse privado, e que toda a comercialização de animais selvagens seja proibida, incluindo a exploração de silvestres como animais de estimação, como matéria-prima para itens de luxo, como ingredientes da medicina tradicional, como fonte de entretenimento e, sempre que possível, como fonte de alimento.

Milhares de animais ao redor do mundo são capturados, na natureza, para serem explorados pelo comércio de silvestres

Como confirmado pela missão de averiguação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Wuhan (China), a transmissão do novo coronavírus de morcegos para humanos provavelmente ocorreu através de um hospedeiro intermediário. Ou seja, o contato cada vez mais direto entre pessoas e vetores de doenças da vida silvestre, impulsionado pelo crescente comércio de animais selvagens e pela destruição sem precedentes dos habitats naturais, acelera o potencial de propagação global dos vírus.

Clique aqui e leia a carta enviado ao ministro da saúde do Brasil.