Peixe-boi-amazônico (Trichechus inunguis)

Este belo animal é o único sirênio exclusivamente de água doce, além de também ser o maior mamífero aquático herbívoro presente na Bacia Amazônica, podendo um adulto medir até 275 centímetros e pesar cerca de 420 quilos. O peixe-boi se movimenta fazendo pequenos deslocamentos para frente, com sua nadadeira caudal, podendo utilizar as nadadeiras peitorais também.

Hábitos e habitat

Por ser um animal aquático e herbívoro, o peixe-boi ocupa a base da cadeia alimentar, consumindo pequenas algas, capim, macrófitas e outras plantas aquáticas. São sociáveis, mas é comum observar um comportamento mais solitário. 

O período de gestação dura cerca de 12 meses. Os cuidados entre eles geralmente são da mãe para com o seu filhote, que vai desde a amamentação até os primeiros ensinamentos para a cria poder sobreviver de forma independente depois de dois anos. No Brasil é endêmico da região amazônica.  

Contribuição para o meio ambiente

O peixe-boi-amazônico tem grande importância para manter o equilíbrio do seu habitat por fertilizar a água com a sua urina e fezes, uma vez que elas são ricas em nutrientes e ao serem liberadas, fortalecem os fitoplânctons, que são a base da cadeia alimentar aquática. Também ajuda a fazer o controle de plantas aquáticas, fazendo uma regulação biológica. 

Risco de extinção

Está classificado como Vulnerável pela IUCN. As alterações no ambiente aquático em decorrência da degradação do habitat por causa do desmatamento, poluição, contaminação dos rios por mercúrio para exploração de ouro, uso de pesticidas e metais pesados ​​provenientes de resíduos agrícolas e derramamentos de óleo representam sérias ameaças à vida destes animais. Todos esses componentes químicos, quando absorvidos por plantas aquáticas, afetam a dieta básica dessa espécie. A sua extinção pode desestruturar totalmente o ciclo alimentar e levar à morte outros animais marinhos.