Guaruba (Guaruba guarouba)

A guaruba possui vários nomes, mas é impossível confundi-la por causa da sua coloração específica: amarela com as pontas das asas verdes. É endêmica do Brasil, ou seja, apenas existe em nosso país. Seu nome vem do tupi e significa pássaro amarelo. A ave mede cerca de 34 centímetros e pesa cerca de 255 gramas. Por sua beleza e raridade, está seriamente ameaçada pelo tráfico de animais silvestres. Apesar de ser ilegal, muitas pessoas cobiçam ter essa ave como bicho de estimação. 

Hábitos e habitat

Sua alimentação é composta de sementes, frutos oleosos, frutas e flores. Fazem seus ninhos em árvores altas e ocas e põem de dois a três ovos, que são incubados por cerca de 30 dias, e não somente pelos pais, mas por outras aves do bando que ajudam a cuidar dos filhotes até que eles estejam prontos para a vida adulta. Se um parceiro ou parceira morre, podem ficar tão tristes que também acabam morrendo, não buscando por outras companhias. Apenas é vista no oeste do Maranhão, no sudeste do Amazonas, além das terras baixas da calha do Rio Amazonas.

Contribuição para o meio ambiente

A guaruba também é uma ave dispersora de sementes e, por isso, contribui para a conservação da floresta amazônica. Seu bico poderoso faz com que sementes de árvores mais difíceis de serem germinadas, como a da castanha-do-Pará, por exemplo, sejam facilmente espalhadas pelo solo, dando continuidade à vegetação nativa da região.  

Risco de extinção

A ave já é classificada como Vulnerável pela IUCN e vivencia a destruição e fragmentação do seu habitat em decorrência da construção de grandes estradas, que acompanham a extração ilegal de madeira, o que representam ameaças sérias que contribuem para sua extinção, sem falar do tráfico de sua espécie.. Já houve registros, na década de 90, da presença dessas aves no nordeste de Rondônia e no extremo norte do Mato Grosso, mas, atualmente, não se tem notícias delas nessas regiões.