Burger King prega bem-estar animal em outros países, mas negligencia Brasil

40 bilhões de frangos vivem em sistemas industriais intensivos, em ambientes sem luz natural ou ar fresco. E o Burger King Brasil não está fazendo nada para mudar isso.

Nosso recém-lançado relatório “Botando Ordem no Galinheiro 2021” evidencia a distância entre discurso e ação por parte das grandes redes de fast-food. Burger King, em particular, está no centro dessa polêmica ao tratar de forma diferente os consumidores de acordo com o país em que vivem. 

Os braços da rede nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido estabeleceram metas de bem-estar para os frangos que compram para fazer os lanches por lá. Por aqui, nós, da Proteção Animal Mundial, iniciamos conversas com o Burger King Brasil, em 2019, para propor melhorias no mesmo sentido, mas o esforço só resultou em algumas reuniões e avaliações dos fornecedores. Depois disso, houve apenas trocas de e-mails e a indicação de que as tratativas referentes ao bem-estar deveriam ser conduzidas junto à matriz nos Estados Unidos, a Restaurant Brands International (RBI). 

Isso leva à inevitável pergunta: como é possível a RBI se apresentar internacionalmente como comprometida com o bem-estar animal quando não trabalha por sua disseminação no Brasil, terceiro maior produtor e maior exportador mundial de carne de frango? 

Ver o relatório completo

Como os frangos são criados em sistemas industriais intensivos?

Nascidos para sofrer

Nos sistemas industriais intensivos, os frangos são selecionados geneticamente para crescer de forma muito rápida e não natural. Devido ao seu tamanho e à velocidade de crescimento, eles enfrentam um sofrimento terrível, como:

  • Problemas locomotores muito dolorosos;
  • Corações e pulmões sobrecarregados;
  • Feridas, incluindo lesões de pele e nos pés;
  • Episódios de morte súbita.

Uso indiscriminado de antibióticos 

Os métodos de criação intensiva também costumam contar com o uso preventivo e rotineiro de antibióticos como uma solução simplificada para camuflar o estresse crônico desses animais, que podem fazê-los ficar doentes mais facilmente. 

Só que o uso excessivo de antibióticos está alimentando a crise mortal de superbactérias. Estima-se que infecções hospitalares por bactérias resistentes a antibióticos sejam responsáveis por 700.000 mortes de humanos em todo o mundo anualmente. Se essa tendência continuar, as projeções indicam que esse número possa aumentar para 10 milhões de mortes por ano até 2050.

Não são apenas os frangos que estão sofrendo - a saúde humana também está sendo ameaçada.

Ajude-nos a pressionar o Burger King Brasil

Um frango criado em sistema industrial intensivo, com claros sinais de crescimento acelerado

O Burger King, uma das maiores redes de fast food do mundo, pode - e deve - mudar a vida dos frangos.

Todo animal merece ter uma vida que vale a pena ser vivida, livre de crueldade e sofrimento desnecessário. 

Ajude-nos a mudar a maneira como o Burger King Brasil trata os frangos.

Compartilhe um de nossos posts nas redes sociais e marque o Burger King para eles saberem que os consumidores não aceitam mais que os frangos sejam criados com tanta crueldade e baixos níveis de bem-estar.

Duas mãos seguram um saco de papel escrito "Que BaBKice é essa?" em frente a uma loja do Burger King

Escolha em qual rede compartilhar e marque o @BurgerKingBrasil 

 

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