Por trás das atrações que exploram elefantes existe uma realidade cruel. Descubra 5 mitos comuns sobre passeios e shows com elefantes.
#1: Elefantes são animais domesticados
"Domesticado" significa que uma espécie foi seletivamente criada por humanos por muitas gerações para ter características físicas e comportamentais específicas. No caso dos elefantes, mesmo os que nascem em cativeiro ainda são selvagens.
Todos os elefantes que são explorados para passeios ou espetáculos são submetidos a treinamentos cruéis para aceitarem o controle humano. Esse método, chamado "the crush", envolve restrições físicas, de comida e água, além de, em muitos casos, dor intensa.
Este é um processo extremamente estressante para os elefantes que são capturados ou nascidos em cativeiro.
#2: Existem passeios que são responsáveis
Além do treinamento cruel, o bem-estar físico dos elefantes é prejudicado para sempre pelos trabalhos que são forçados a fazer. Os elefantes podem ser grandes e fortes, mas suas costas não foram feitas para carregar turistas - a sela e o peso dos passageiros podem causar dor e ferimento. Eles também não são fisicamente feitos para ficar nas patas traseiras, como fazem nos espetáculos. Esses truques são realizados apenas porque foram treinados por meio da dor e do medo.
Entre um show e outro (ou um passeio e outro), a maioria dos elefantes são acorrentados por longos período, muitas vezes isolados. Isso causa estresse e comportamentos não naturais, como mover compulsivamente a cabeça de um lado para o outro. Isso porque os elefantes são animais inteligentes e sociais e não têm suas complexas necessidades atendidas ao serem explorados para o entretenimento.
#3: Manter elefantes em cativeiro garante a conservação da espécie na natureza
As taxas de reprodução de elefantes em cativeiro são extremamente baixas e não atendem a demanda por novos elefantes na indústria do turismo. Consequentemente, os elefantes são caçados e capturados na natureza para alimentar esse mercado.
Capturar elefantes na natureza é uma atividade brutal. Há cada vez mais relatos de mães e tias elefantas que são mortas durante a caça de elefantes jovens. Para se ter uma ideia, um filhote de elefante pode custar cerca de 33 mil dólares.
Isso é uma grande ameaça para a população de elefantes asiáticos selvagens, que diminuiu drasticamente no último século.
#4: Elefantes do turismo vêm da indústria madeireira
Até 1989, os elefantes na Tailândia eram amplamente usados pela indústria madeireira - mas uma proibição na exploração de madeira deixou muitos proprietários de elefantes sem fonte de renda. Isso fez com que a indústria do turismo se tornasse uma excelente oportunidade para eles ganharem a vida.
Mas hoje, um quatro de século após essa proibição, os elefantes que eram explorados pela indústria madeireira ou já estão velhos ou já morreram. No entanto, o número de locais turísticos que exploram elefantes aumentou e estima-se que a quantidade de elefantes em cativeiro tenha permanecido estável.
Ou seja: os animais explorados pelo turismo foram capturados na natureza ou criados em cativeiro para passar suas vidas acorrentados.
#5: Turistas exigem passeios de elefante
Muitos turistas consideram os passeios de elefante o ponto alto de suas férias. No entanto, esse desejo muitas vezes surge devido a falta de consciência do abuso envolvido. Assim que os turistas percebem o sofrimento causado pelos passeios e espetáculos, o entusiasmo diminui rapidamente.
Aumentar a conscientização sobre a crueldade por trás desses passeios e shows é crucial para educar e mostrar aos turistas que existem outras formas de visitar atrações com animais sem financiar a crueldade - como santuários.
Como você pode ajudar a acabar com isso
- Sempre diga não a passeios de elefante, shows e interações muito próximas (como selfies e dar banho nos animais). Lembre-se: se você pode andar, abraçar ou tirar uma selfie com um animal selvagem, é provável que seja uma atração cruel.
- Se você deseja ver esses animais incríveis durante as férias, faça uma pesquisa e esteja ciente de que muitos locais se anunciam como santuários quando não o são. Veja como identificar se um local é mesmo um santuário.
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