Ponto Animal Santos

Gira de Verão 2025 leva Ponto Animal a pontos turísticos do litoral sudestino

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Duas mil pessoas foram impactadas pela causa animal e puderam saber mais sobre o Xamã, onça reabilitada com o apoio da Proteção Animal Mundial.

Foram quatro cidades visitadas durante os meses de janeiro e fevereiro com o objetivo de promover a campanha “Xamã – No Rastro da onça”. A Gira de Verão 2025 da Proteção Animal Mundial levou conscientização, diversão e emoção com o Ponto Animal, uma iniciativa que misturou arte, educação e interação para engajar o público na proteção da vida silvestre.

Veja tudo que aconteceu na Gira Verão 2025

Guarujá e Santos: pegadas do Xamã na areia

Em janeiro, as praias da Enseada (Guarujá) e Aparecida (Santos) receberam o Ponto Animal com uma ação simbólica: pegadas de tecido de onça-pintada, representando a jornada do Xamã, filhote resgatado de um incêndio e reintroduzido à natureza.

Atrações:

  • Exibição de vídeos, incluindo o clipe "Defaunação", com participações de Ney Matogrosso, Frejat, Letrux, Mahmundi e Zahy Tentehar.
  • Espaço Kids com tatuagens temporárias, desenhos e brincadeiras educativas.
  • Bonecos infláveis de onça-pintada e lobo-guará, que viraram pontos de fotos.

São Paulo: O rastro da onça na capital paulista

No dia 9 de fevereiro, a Paulista Aberta recebeu o Ponto Animal, levando a campanha "Xamã – No Rastro da Onça" para a capital.

Atividades:

  • Pegadas simbólicas em parques como Ibirapuera e Villa-Lobos, representando a jornada do Xamã.
  • Painel de LED com exibição de documentários sobre os impactos do agronegócio na vida silvestre.
  • Bonecos infláveis de animais e Espaço Kids com jogos e desenhos.

Paraty: emoção com o documentário do Xamã

No dia 22 de fevereiro, o Ponto Animal emocionou Paraty com a exibição do documentário "Xamã – No Rastro da Onça", que mostrou desde o resgate até a soltura do animal.

Destaques:

  • Pegadas do Xamã apareceram nas ruas históricas, chamando a atenção de turistas e moradores.
  • Espaço Kids com atividades interativas para crianças.
  • Projeções na Igreja da Matriz, sensibilizando o público sobre os impactos das queimadas e da agropecuária industrial.

Um verão de conscientização

A Gira de Verão 2025 mostrou como ações interativas e educativas podem engajar pessoas na proteção da vida silvestre. Com arte, informação e emoção, a Proteção Animal Mundial reforçou a importância de combater ameaças como queimadas e desmatamento impulsionados pelo agronegócio.

Junte-se a nós para salvar nossa fauna

Ajude a combater os impactos da agropecuária industrial. Assine o manifesto em defesa da vida silvestre.

Ao enviar este formulário, concordo em receber mais comunicações da Proteção Animal Mundial e entendo que posso desistir a qualquer momento.

Saiba como usamos seus dados e como os mantemos seguros: Política de Privacidade.

Manifesto “Em defesa da Vida Silvestre”

“Defaunação, não! Refaunação, já!”

Este é um pedido para colocarmos fim à defaunação no Brasil.


Pedimos licença para falar pelos animais silvestres e expor o conjunto de ameaças que acontece dentro de seus habitats naturais.

Elas são muitas e chegam por todos os lados. A partir do momento que os humanos invadem áreas naturais e modificam os ecossistemas, devem se responsabilizar pelos impactos que trazem aos seus habitantes.

O desmatamento é a principal causa da perda de habitats no Brasil. Por meio dele não perdemos só árvores, mas destruímos também o lar e a vida de inúmeros animais. 

Neste momento, está acontecendo uma enorme perda de áreas naturais habitáveis em todos os biomas brasileiros, em especial na Amazônia e no Cerrado – que concentraram 85% do desmatamento do país nos últimos cinco anos, segundo dados do Mapbiomas.

E tem mais: 97% de toda essa área desmatada foi para uso da agropecuária. Florestas, campos e savanas, com as milhões de espécies que abrigam, estão sendo convertidos em monoculturas e pasto, acabando com sua biodiversidade.

Após o desmate, outras agressões ambientais aprofundam as ameaças aos animais silvestres. Como no caso das queimadas para a limpeza de terras que muitas vezes saem de controle e queimam novas áreas nativas, levando à carbonização, asfixia e queima de ninhos e tocas de milhares de espécies, como araras e lobos-guará, afugentando todos os animais que ali vivem e não é só isso.

Após toda devastação e destruição, vem a contaminação por agrotóxicos em lavouras estabelecidas.

Pressionada por esse conjunto de ações humanas que destroem seus habitats, a fauna silvestre, quando não se vê aprisionada em pequenos fragmentos de mata, é expulsa de seus locais de abrigo e alimentação ou obrigada a se deslocar, ficando exposta a atropelamentos em rodovias, ao tráfico de animais, aos conflitos com humanos, à fome e sede.

De acordo com o CBEE (Centro Brasileiro de Estudos de Ecologia de Estradas), estima-se que 15 animais silvestres morram atropelados por segundo no Brasil... Outros tantos, como antas, tamanduás e lobos-guará, para além dos insetos como abelhas e borboletas, adoecem ou morrem envenenados pelos agrotóxicos.

Fugir de seus lares em busca de sobrevivência faz com que os animais fiquem ainda mais vulneráveis à caça e ao comércio de silvestres, que é outra grande ameaça à fauna, sendo legalizado ou não.

Animais silvestres não nasceram para serem transformados em animais de estimação, tampouco para atenderem ao prazer sádico pela caça esportiva ou para entretenimento e selfies.

Infelizmente, a caça de silvestres no Brasil corre risco de ser legalizada, aumentando ainda mais a pressão que vem ocorrendo nos biomas brasileiros.

Os animais não são produtos para serem comercializados. Não podemos deixar que a nossa fauna seja caçada e comercializada para qualquer finalidade.

Nem prisioneiros nem refugiados

A fauna silvestre precisa de ambientes seguros, saudáveis e com espaço suficiente para existir. Como prevê a Constituição Federal, no artigo 225: é proibido práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem extinção ou que submetam os animais à crueldade.

Para além de suas funções ecológicas, os animais também são seres sencientes, dotados de sentimentos, inteligência e autonomia. Eles são sujeitos de direitos e não objetos, como muitas legislações brasileiras passaram a reconhecer.

Entre seus direitos, está o da liberdade e o de viver plenamente de acordo com seus comportamentos naturais – e não como animais de estimação.

O desmatamento, a agropecuária industrial e o comércio de animais prejudicam o bem-estar animal e têm levado à defaunação, que é a perda de animais silvestres nos seus habitats naturais.

Refaunação já!

Atuamos para que os animais silvestres vivam em seus habitats, livres da exploração comercial e de ameaças, podendo expressar seus comportamentos naturais. Mas não basta apenas interromper a destruição ou restaurar áreas já desmatadas.

É preciso refaunar e trazer de volta os animais para as florestas!

Florestas vazias não conseguem se manter e prosperar de forma saudável. As soluções para isso já existem.

Por isso, defendemos:

Priorizar a restauração de áreas degradadas para corredores ecológicos da fauna, revertendo a fragmentação de habitats e o isolamento das espécies;

Substituir o modelo agroindustrial baseado em monoculturas e agrotóxicos pela agrofloresta e agroecologia, com uso de bioinsumos, para uma convivência mais harmoniosa e saudável da produção de alimentos com a fauna silvestre;

Tornar obrigatório as passagens de fauna nas rodovias brasileiras;

Incentivar e estruturar o turismo de observação de animais nos roteiros de ecoturismo e turismo regenerativo como alternativas econômicas sustentáveis para comunidades locais, sem a exploração comercial das espécies;

Aprimorar as leis brasileiras para que reconheçam os animais como sujeitos de direitos, sencientes e não objetos.

Faça sua doação!

Ajude a acabar com o sofrimento dos animais silvestres

Com o seu apoio, vamos lutar para que todos os animais tenham uma vida digna.

Saiba mais