'El delfín rosado, tan colombiano como tú y como yo'

650 crianças se comprometem a ser Guardiões do Boto na Colômbia

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Em seu segundo dia de trabalho intenso com estudantes na Colômbia, o nosso gerente de educação Carlos Chacón recebeu um telefonema

No outro lado da linha estava a professora Luz Stella.

O motivo da ligação? Avisar que o pequeno David – um estudante da quarta série que estava doente e que não poderia participar das atividades da Proteção Animal Mundial – também tinha preparado uma cartinha.

Ela queria que Carlos a levasse junto com as mensagens dos outros alunos colombianos para as crianças da Amazônia brasileira.

Luz Stella e o pequeno David são do Colégio Taller San Miguel, que fica na cidade colombiana Pereira. A instituição se destaca pelo seu compromisso ético com o meio ambiente, que é trabalhado com os alunos em projetos artísticos, acadêmicos e de pesquisa.

É aí que entram as cartas produzidas para os estudantes da Amazônia brasileira e a nossa campanha de proteção do boto cor-de-rosa.

Nosso primeiro contato

Tudo começou há dez anos. Foi quando os estudantes Santiago, Nicolás e Luis Miguel formaram uma equipe de pesquisa escolar para trabalhar com temas relacionados a biologia, conservação e proteção animal. 

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Desde 2012, o trio da Colômbia desenvolve uma campanha de proteção aos botos da Amazônia. Preocupados com o tema, eles entraram em contato com a Proteção Animal Mundial para obter mais informação sobre a caça desse mamífero aquático.

O boto cor-de-rosa vive nos rios da Amazônia e é usado como isca para pescar piracatinga, vendida enganosamente no mercado da Colômbia como se fosse a carne de um peixe chamado “capaz”.

Arte e proteção animal

Após algumas videoconferências, a professora e líder da equipe de pesquisa Luz Stella Tisnes convidou Carlos Chacón, que é o gerente de educação da Proteção Animal Mundial, para conhecer o colégio.

A visita aconteceu poucas semanas depois – e contou com uma surpresa preparada pelos estudantes e professores. Eles prepararam dezenas de desenhos, contos e poemas para que Carlos levasse às crianças da Amazônia brasileira.

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Assim que chegou no colégio, Carlos foi cercado pelos alunos. Animados, eles o cumprimentavam como se fossem amigos de longa data, o abraçavam e faziam perguntas sobre a sua visita, os botos cor-de-rosa e principalmente sobre a proteção dos animais.

Durante esses dois dias, Santiago, Nicolas e Luis Miguel foram os “embaixadores” do colégio. O trio se uniu a Carlos e a mais de 650 estudantes de ensino fundamental e médio para espalhar a campanha do boto cor-de-rosa por toda comunidade escolar.

As crianças do colégio demonstravam a sua emoção pela visita do Carlos. Nosso gerente de educação participou de diferentes grupos de discussão e foi levado para conhecer as dependências do colégio, que incluem uma área de pântano chamada “Danapune” – nome indígena da tribo Emberá-Chamí que significa “Mãe Terra”.

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O papel de todos

Os alunos e Carlos também visitaram o galinheiro da escola, onde moram os franguinhos Pacho, Retoño e outras galinhas; um estábulo de ovelhas; e um grande pátio, onde estavam brincando Lucho, Carol, Hércules, Negra, Gorda e Mona – os cães adotados pelo colégio.

Em seguida, o grupo foi para o bosque da escola. Ali, as crianças debateram os riscos da poluição no habitat do boto cor-de-rosa. “Nossa contribuição para a conservação e a proteção dos botos é explicar para nossos amigos que o plástico acaba poluindo os rios e contaminando o habitat do boto cor-de-rosa”, disse Maya, uma das estudantes da equipe de pesquisa.

“Precisamos reconhecer que nós, seres humanos, não vivemos sozinhos neste planeta. Todos os seres são parte de um todo e, por isso, devemos respeitar os animais tanto quanto as pessoas” – Santiago, estudante

A conversa foi concluída com uma reflexão do aluno Luis Miguel: “O boto não é só responsabilidade das pessoas na Amazônia, é de todos os colombianos. Em Pereira, podemos afetar o habitat dos botos cor-de-rosa se não tivermos cuidado com os resíduos plásticos que acumulamos nas cidades”.

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Durante a visita, Carlos teve a oportunidade também de se reunir com a equipe de professores de Ciências Naturais. Os docentes se mostraram bastante interessados em trabalhar junto com a ONG para incluir a proteção animal no currículo escolar de biologia – introduzindo o tema com a campanha do boto cor-de-rosa.

Compromisso dos estudantes

Para a professora e líder da equipe estudantil de pesquisa, Luz Stella Tisnes, esse tipo de conscientização é fundamental para a vida escolar. No colégio é que se aprende o valor dos animais.

O aluno que não participou das atividades, David, não perdeu a oportunidade de mandar o seu apoio à proteção do boto cor-de-rosa para os alunos na Amazônia, a quilômetros de distância.

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"Parabéns por defenderem os botos cor-de-rosa. Esses parabéns são para vocês, meninos e meninas maravilhosos. Continuem assim, amigos e amigas” – David Maya

A determinação de David para que sua mensagem chegasse até o Brasil comoveu Carlos, reforçando a importância de se acabar com a caça de botos e proteger esses mamíferos incríveis.

“Isso mostra a todos nós como essas novas gerações estão comprometidas com a proteção do boto, com a preservação do seu habitat e com o consumo responsável”, refletiu Carlos.

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Quanto mais pessoas se tornarem Guardiões do Boto, mais chance esses animais magníficos têm de nadar em liberdade nos rios da Amazônia.

“Isso mostra como essas novas gerações estão comprometidas com a proteção do boto, com a preservação do seu habitat e com o consumo responsável - Carlos Chacón