Países baleeiros bloqueiam a criação de santuário no Atlântico Sul
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A World Animal Protection repudia a decisão da Comissão Baleeira Internacional, que rejeitou mais uma proposta nesta terça-feira (25)
O Brasil estava entre os principais defensores do santuário de baleias do Atlântico Sul. O nosso país se uniu à Argentina, Gabão, África do Sul e Uruguai para proteger esses magníficos animais contra a caça comercial, mas fomos derrotados pelos países baleeiros. Foram 38 votos a favor, 24 contra e 2 abstenções.
Infelizmente, a decisão dependia de uma maioria de 75%.
“Hoje é um dia triste para as baleias”, declarou Ingrid Giskes, da World Animal Protection, que lidera a nossa campanha Sea Change.
A proposta de criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul foi levada à CBI pela primeira vez no fim dos anos 90. E rejeitada repetidamente desde então. “O fracasso contínuo em proteger esses animais com um santuário resultará, provavelmente, em consequências terríveis para a população de baleias”, alerta Giskes.
Das três milhões de baleias caçadas no século passado, 71% foram vitimadas no hemisfério sul. Entre elas, estavam baleias azuis, cachalotes, jubartes, fin e baleias minke.
Vamos continuar lutando
O Brasil anunciou que não vai desistir e se dispôs a receber a próxima reunião da CBI, que acontece em 2018.
Além de proibir a caça comercial de baleias no Atlântico Sul, o santuário englobaria ações coordenadas de combate a outras ameaças que as baleias enfrentam na região – como a pesca fantasma, a poluição sonora e colisões contra barcos.
“Hoje é um dia triste para as baleias