Cura cruel: onças-pintadas são caçadas para produção de remédios

A onça-pintada é mais uma espécie vítima do comércio de animais silvestres na América Latina. Centenas são cruelmente caçadas no Suriname e no Brasil para alimentar a demanda por suas partes, que são usadas na medicina tradicional na Ásia e na produção de artigos de luxo.

Além de ilegal, a captura é extremamente dolorosa para os animais. As onças-pintadas são perseguidas e baleadas diversas vezes, sofrendo com múltiplos ferimentos até que estejam machucadas demais para se moverem. Só nesse momento é que são mortas pelos caçadores.

Onça-pintada que foi caçada no leste do Suriname

Uma investigação liderada pela Proteção Animal Mundial em 2018 revelou que as onças-pintadas são exploradas para três fins diferentes:

Pasta para tratamento de dor

Depois de abatidas, as onças passam por um processo de cozimento de até uma semana para serem transformadas em uma pasta preta. Essa pasta é colocada em pequenos potes para que não seja apreendida e possa ser exportada, principalmente para a Ásia. 

Apesar de não haver base científica, acredita-se que essa pasta, misturada com outros ingredientes, ajuda no tratamento de dores como artrite, além de aumentar a vitalidade e expulsar toxinas do corpo.

São nesses pequenos potes que a pasta extraída da onça-pintada é traficada

Dentes 

As outras partes do corpo das onças que não são usadas na produção da pasta são exportadas ou vendidas no mercado local. Entre as partes mais traficadas estão os dentes caninos, a pele e a cabeça.

Os dentes caninos das onças são as partes mais traficadas e são adquiridos para mostrar alto status social
 

Carne e vinho

Segundo nossas fontes, os animais vivem em gaiolas até que sejam grandes demais para serem cuidados e, às vezes, acabam na mesa - já que sua carne também é consumida entre a população asiática do Suriname. Há relatos de que um vinho também é produzido com os ossos das onças.

Leões e tigres também estão sob a mira

Na África do Sul, o destino de milhares de leões criados para produção de remédios é horrível. Esses animais são forçados a suportar uma vida inteira de sofrimento em confinamento.

Normalmente, os filhotes de leão são roubados de suas mães alguns dias após o nascimento e forçados a viver em gaiolas minúsculas e apertadas. Muitas vezes, estão famintos e doentes a maior parte do tempo. Esse sofrimento só acaba quando são mortos para que seus ossos sejam enviados a outros países, onde são transformados em remédios para uso na medicina tradicional asiática.
 

Famintos e doentes: é assim que os leões explorados pela indústria de medicina tradicional vivem (Foto: EMS Foundation)

Os leões não são os únicos grandes felinos que enfrentam esse tipo de abuso. Tigres também estão sendo criados e mortos para abastecer o comércio de partes de animais silvestres.

A única maneira de garantir sua proteção é acabar com o comércio global de animais selvagens agora.

Você ama os animais? Ajude-nos a acabar com o comércio global de silvestres

Onças, leões, tigres e outros grandes felinos - além de outros milhões de animais silvestres - são vítimas do comércio global de animais silvestres, que os tratam como mercadorias.

Todos os dias, milhares de animais silvestres são caçados ou criados em cativeiro para serem comidos, transformados em remédios, usados como animais de estimação ou explorados na indústria do entretenimento.

Além de causar um imenso sofrimento ao animais, as horríveis condições em que são mantidos permitem o surgimento de doenças zoonóticas - como a SARS e COVID-19. 

Com a sua ajuda, podemos fazer com esse comércio global seja proibido. Para sempre. 

Assine a petição e peça aos líderes mundiais que acabem com o sofrimento dos animais silvestres e protejam nossa saúde.