Animais que trabalham: 3 exemplos bons e ruins
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Neste 1º de Maio, descubra quando o trabalho é divertido para os animais e quando não passa de exploração
Entre as atividades mais cruéis estão o uso de cavalos de carga e a exploração de animais silvestres, usados em espetáculos e para selfies com turistas. Veja alguns exemplos negativos:
1. Elefante não é mão-de-obra
Por seu tamanho e força, milhares de elefantes são explorados pela indústria madeireira na Ásia. Eles são usados para carregar pessoas e cargas pesadas, como toras de madeira. Todavia, os elefantes não são domesticados. A domesticação é um processo de seleção genética de milhares de anos que leva uma espécie a depender de seres humanos e a viver junto conosco (por ex.: cães ou ovelhas). Elefantes são animais essencialmente silvestres.
O processo mais tradicional de treinamento é o “phajaan”, que envolve fazer filhotes de elefante passarem fome e torturá-los para “quebrar” os seus instintos naturais.
2. Silvestre não é entretenimento
Em todo o mundo, animais silvestres são retirados de seu habitat natural e submetidos a uma vida em cativeiro, sofrendo maus-tratos físicos e psicológicos. Tudo isso para entreter turistas – sejam selfies com tigres ou passeios de elefante a até nadar com golfinhos em tanques artificiais.
Uma das 10 atrações mais cruéis do mundo fica nas Ilhas Cayman. O local incentiva milhares de turistas a segurar, fotografar e comer tartarugas ameaçadas de extinção.
Quer ajudar a protegê-las? Assine já nossa petição.
3. Burro não é de carga
Os equinos – burros, mulas e cavalos – estão entre os animais mais explorados historicamente pela sociedade.
Embora muitas pessoas dependam desses animais para a sua subsistência, o conhecimento que têm sobre os cuidados com equídeos é limitado. Isso causa situações de abuso intenso. Esses animais são submetidos a esforços tão extremos que acabam feridos, mancos, subnutridos e com lacerações devido a arreios mal ajustados ou excesso de carga.
Divertido para eles
Nem sempre, todavia, o trabalho é negativo para os animais. Existem atividades que os estimulam e estão de acordo com o comportamento natural da espécie. Veja alguns exemplos positivos:
4. Cão-guia para pessoas (e animais!) cegos
Os cães são animais inteligentes, sociais e esforçados. Em uma matilha, eles obedecem à hierarquia e cumprem uma função. Você sabia que alguns cachorros só sentem fome após praticar exercício? Isso acontece porque, mesmo após séculos de domesticação, eles têm o instinto de precisar trabalhar para “merecer” a sua comida.
Isso torna os cachorros ideais para alguns serviços, como ser cão-guia. Obedecer a comandos é um estímulo positivo – os cães gostam! Eles adoram companhia e são tão inteligentes que aprendem até a identificar uma situação de risco e a desobedecer quando for necessário.
E não ajudam só pessoas: esta foto mostra o famoso Hoshi, que é cego, e o seu cão-guia Zen!
5. Boas vibrações da gato-terapia
Já se sentiu melhor depois de acariciar seu gato? Não é à toa!
O conceito de “terapia com gatos” pode parecer estranho para alguns, mas os seus benefícios são comprovados cientificamente. Estudos recentes mostram que a frequência do ronronar dos gatos – aquele som que fazem quando estão felizes – ajuda ossos e músculos a sarar. Esta "tecnologia" felina é tão eficiente que pode ser usada para ajudar astronautas a manter sua massa muscular e densidade óssea no espaço.
Veja aqui 7 benefícios dos gatos à nossa saúde, que vão desde melhor pressão arterial à redução do colesterol.
6. Galinhas e crianças com autismo
Os animais de fazenda passaram por um processo de domesticação parecido com o de nossos companheiros, os cães e gatos. Como muitas pessoas vivem em cidades, todavia, nem sempre sabem que porcos, vacas e até galinhas também gostam de interagir e receber carinho.
“Ajudar” na terapia de crianças com autismo não é nenhum incômodo para esses animais. E a interação com porcos, cavalos e cabras, por exemplo, reduz as substâncias associadas ao estresse; e aumentam a quantidade de oxitocina e dopamina no cérebro humano.
A norte-americana Ashleigh Hart se diverte com a reação das pessoas ao descobrir que galinhas ajudam o seu filho de 3 anos a socializar e confiar nos outros. "As pessoas olham para você, estranhando: ‘Sério mesmo? Galinhas?’”.