10 anos de conquistas: veja o que fizemos pelos animais silvestres

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Com a sua ajuda, conseguimos coisas incríveis pelos animais selvagens nos últimos 10 anos.

Graças ao apoio de pessoas como você, ao longo dos últimos 10 anos pudemos fazer coisas incríveis pelos animais silvestres. 

São elas:

2012

Inovamos ao promover o "Untangled" - o primeiro simpósio do mundo sobre o impacto do lixo marinho no bem-estar animal. O evento, parcialmente patrocinado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), inspirou 60 especialistas internacionais a assinar uma declaração comprometendo-se a tomar medidas para proteger os animais marinhos. Essa ação serviu como base sólida para a nossa Iniciativa Global de Combate à Pesca Fantasma, que criamos em 2014.

Comemoramos o fim da dança do urso na Índia, onde trabalhamos em parceria com o governo indiano e a Wildlife Trust of India para erradicar essa atração cruel. Juntos, treinamos mais de 400 oficiais indianos em técnicas de combate à caça furtiva. Além disso, por meio do nosso trabalho de educação, convencemos a população local de que a dança do urso é cruel e destrutiva para a população de animais selvagens no país. Também persuadimos os donos de ursos a abrirem mão de seus animais em troca de outras formas para ganhar a vida.

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

Impedimos que centenas de leões marinhos fossem mortos pelo governo chileno. Mobilizamos 100 mil pessoas e parceiros locais para impedir que os animais fossem abatidos. Também lançamos uma campanha (“Seen and Not Hurt”) para estimular os operadores turísticos a pressionar o governo namibiano a parar com a morte de focas - cerca de 85 mil filhotes de e 6 mil adultos a cada ano. Nessa jornada, evidenciamos como a observação das focas poderia ser muito mais benéfica na geração de receitas para o país do que a caça.

2013

Revelamos a prática cruel de produção café com o uso de civetas em cativeiro. Isso fez com que, até o final de 2013, 20 grandes varejistas em cinco países – incluindo a Harrods, no Reino Unido – deixassem de vender o produto. Conhecido como Kopi Luwak, o café de civeta é uma das bebidas mais caras do mundo. Tradicionalmente, a coleta era feita na natureza, depois dos grãos terem sido parcialmente digeridos e excretados por civetas livres. Com o tempo e a crescente demanda, começaram a caçar civetas e criá-las em cativeiro, em péssimas condições, para obter os grãos.

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

Mobilizamos 185 mil apoiadores para fazer com que a Cayman Turtle Farm, uma atração turística popular das Ilhas Cayman, no Caribe, protegesse efetivamente as 9.500 mil tartarugas-marinhas-verdes mantidas no local. As tartarugas estavam sujeitas a canibalismo, doenças e defeitos genéticos causados ​​pelas péssimas condições da instalação. Nossa campanha levou a fazenda a recrutar um veterinário em tempo integral, eliminar interações de tartarugas com turistas e deixar de vender a carne de tartaruga como alimento. Também convencemos o local a interromper a liberação anual de tartarugas na natureza como mera válvula de escape à própria incapacidade de fornecer procedimentos adequados para proteger os indivíduos de doenças.

Encorajamos 2 mil líderes religiosos no Paquistão para que difundissem entre seus seguidores mensagens contra as rinhas de ursos. Esse trabalho aconteceu graças ao apoio de nosso parceiro, o Centro de Pesquisa de Recursos Biológicos (BRC) do Paquistão. Também continuamos a dar um refúgio seguro aos ursos salvos dessa prática em nosso santuário de ursos de Balkasar, administrado pela BRC. A rinha de urso (bear baiting) é um “esporte” cruel e ilegal em que cães são atiçados contra ursos amarrados, mutilados e indefesos diante de expectadores.

2014

Começamos a campanha de Sea Change” para salvar animais marinhos do emaranhamento e da morte nas 640 mil toneladas de resíduos de pesca (redes, linhas e cordas abandonadas) – deixados nos oceanos anualmente. Fizemos isso criando um coletivo de especialistas influentes em solução de problemas da indústria de frutos do mar, governos, organizações internacionais e locais. Esse coletivo, mais tarde nomeado como Iniciativa Global de Combate à Pesca Fantasma (GGGI, na siga em inglês), realizou sua primeira reunião em novembro.

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

Convencemos o governo brasileiro a proteger os botos da Amazônia de serem cruelmente caçados e mortos para serem usados como isca de pesca. Com a campanha, conseguimos que o governo introduzisse uma moratória de cinco anos na caça e começamos um trabalho com comunidades locais para encontrar alternativas ao uso de botos como iscas. Também realizamos programas de educação com essas comunidades incentivando crianças e adultos a protegerem esses animais icônicos.

Resgatamos cinco ursos mantidos em cativeiro, em situações cruéis, e demos a eles um lar seguro no nosso santuário Libearty, na região de Zarnesti, na Romênia, onde se juntaram a outros 79 ursos. Graças à generosidade de nossos apoiadores, conseguimos ajudar nossa parceira AMP (Asociatia Milionane de Prietnei) a administrar o santuário e operar um programa educativo. Mais de 22 mil pessoas e 28 grupos escolares visitaram o santuário naquele ano e aprenderam a importância de proteger os ursos da Romênia.

2015

Lançamos a campanha “Silvestre não é entretenimento” que expôs os problemas do turismo com animais silvestres (como elefantes, leões, golfinhos, tigres e ursos) que são abusados ​​para entreter turistas. Isso levou 88 empresas de viagens a se comprometerem, até o final de 2015, a não mais vender ou promover passeios de elefante. A Thomas Cook, uma das maiores empresas de viagens do mundo, finalmente deu ouvidos aos nossos mais de 248 mil apoiadores e seguiu o mesmo caminho em 2016

Continuamos desenvolvendo parcerias para mudar a vida marinha, com a campanha "Sea Change". Com o apoio de grupos locais e nacionais, removemos 92 toneladas de equipamentos abandonados – como redes, linhas e armadilhas de lagosta dos mares e oceanos.

Contamos a verdadeira história por trás das atrações turísticas, aparentemente inofensivas, que oferecem passeios com leões, selfies e acariciamento de filhotes na África. Nosso relatório sobre a indústria do turismo e a morte de leões no continente africano, lançado após o cruel extermínio de Cecil, um leão considerado tesouro nacional do Zimbábue, revelou a exploração inaceitável e a violência que os animais da espécie sofrem ao serem explorados para entretenimento.

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

2016

Convencemos mais de 558 mil pessoas a se juntaram a nós para pedir que a TripAdvisor parasse de promover e lucrar com o entretenimento com silvestres. Também lançamos nosso relatório “Check-out da crueldade: como acabar com os horrores do turismo com animais silvestres nas férias”, que expôs as dez atividades turísticas com animais mais cruéis do mundo. O apoio de nossos seguidores e a ampla atenção da mídia convenceram o TripAdvisor a anunciar que não venderia mais nenhuma experiência envolvendo contato direto com animais selvagens.

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

Convencemos o governo do Reino Unido a continuar financiando a Unidade Nacional de Crimes contra a Vida Selvagem (NWCU), com sede em Londres, depois que ela foi ameaçada de fechamento. A NWCU trabalha em estreita colaboração com a Interpol para combater o comércio ilegal de animais silvestres que, em 2016, foi estimado em até 14 bilhões de libras por ano. Londres continua a ser um centro internacional para esse tipo de comércio.

Trabalhamos com nossos parceiros no Vietnã, Coréia do Sul e China para acabar com o sofrimento de cerca de 25 mil ursos criados para a extração de bile - que é utilizada pela medicina tradicional asiática. Dentre as iniciativas, testamos um programa de microchipagem no Vietnã para garantir que os criadores de ursos cumpram as leis existentes, que impedem a produção de bile de urso. Ursos criados nesta indústria são submetidos a intenso sofrimento - eles são confinados ao longo de suas vidas em gaiolas tão pequenas que não conseguem se mover enquanto a bile é dolorosamente extraída de seus estômagos.

2017

Conseguimos a adesão de mais de 250 mil apoiadores, em apenas dois meses, para convencer o Instagram a proteger os animais selvagens da crueldade de serem usados ​​como adereços para selfies. Nossa campanha foi motivada devido a um aumento de 292% no número de selfies com animais selvagens postadas publicamente na rede social de 2014 até 2017. Como resultado, conseguimos que o Instagram introduzisse páginas de alerta e educação sobre abuso de animais selvagens para selfies, tráfico de animais e turismo irresponsável. 

Microchipamos 230 ursos que viviam em cativeiro no sul do Vietnã, como parte do nosso trabalho de garantir que nenhum novo animal ingresse na cruel indústria de extração de bile. Começamos esse trabalho em 2016 e, até o final de 2017, o número de ursos em cativeiro já havia caído caiu 69%, para 1.350 indivíduos. Este projeto continua em curso, juntamente com outras atividades de proteção dos ursos realizadas pelos parceiros Education for Nature – Vietnam e Four Paws. Até o final de 2021 havia apenas 314 ursos deixados em fazendas de ursos no Vietnã.

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

Seguimos na liderança da Iniciativa Global de Combate à Pesca Fantasma (GGGI) lançando oito projetos de proteção aos animais marinhos, todos eles vinculados a equipamentos abandonados de pesca em todo o mundo. Dentre eles esteve a iniciativa para remover quase 8.000 m² de redes ilegais no habitat da toninha vaquita, criticamente ameaçada em San Felipe, no México, para posterior reciclagem. Também apoiamos o desenvolvimento de um aplicativo de registro e de construção de um banco de dados sobre equipamentos abandonados de pesca, lançado em 2018, para ajudar a construir uma compreensão global sobre o assunto.

2018

Comemoramos que mais de 1.639.576 pessoas apoiaram, desde 2015, nossa campanha "Silvestre Não É Entretenimento". Apenas em 2018 recebemos 59.327 novas adesões.

Expusemos o sofrimento de animais silvestres (como golfinhos, orangotangos e elefantes) em mais de 26 atrações turísticas na Indonésia por meio do nosso relatório "Parques de abuso da vida selvagem". Isso motivou empresas como Qantas, FlightCentre e Apollo a pararem de promover estes locais. 

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

Atraímos 37 novos membros para a Iniciativa Global de Combate à Pesca Fantasma (GGGI) a fim de combater as mortes e ferimentos causados ​​aos animais marinhos por equipamentos de pesca abandonados, perdidos e descartados. Entre os novos membros, estavam Thai Union, Bumblebee, Nestlé e Tesco, que elevaram o número total de membros do coletivo para 100. No final do ano, entregamos o bastão da liderança da GGGI à Ocean Conservancy, grupo ambientalista sem fins lucrativos, com sede nos EUA, dedicado a salvaguardar a sustentabilidade dos oceanos do mundo.

2019

Apoiamos dois empreendimentos de elefantes na TailândiaChangChill e Following Giants – para se tornarem exemplos inspiradores de atrações turísticas amigas dos animais, destinadas exclusivamente à observação dos animais. Também convencemos mais 17 empresas do setor de turismo a se tornarem amigas dos elefantes, chegando a 260 companhias responsáveis com a vida selvagem até o final de 2019. 

Lançamos a campanha global "Não se engane com um sorriso", com foco em acabar com o sofrimento dos mais de 3 mil golfinhos criados em cativeiro em todo o mundo. Nosso relatório "Por trás do sorriso" detalhou a enorme escala e lucratividade de indústria multibilionária de entretenimento com golfinhos. A maioria dos golfinhos criados em cativeiro vive em tanques pequenos e estéreis. Em média, esses tanques têm apenas 444 m² - ou seja, 200 mil vezes menores que o espaço que teriam livres.

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

Conquistamos um embargo global da Turkish Airlines para parar de transportar papagaios-do-congo, um dos animais mais traficados do mundo. Isso só foi possível graças ao apoio de mais de 190 mil pessoas que pediram que a companhia parasse com esse transporte. Milhares de papagaios desta espécie são caçados na natureza todos os anos. Muitos morrem após a captura ou durante o transporte e nunca chegam ao destino final. 

2020

Mobilizamos mais de 1 milhão de pessoas em apoio à nossa campanha #FimAoComércioDeSilvestres em resposta à pandemia de COVID-19. Aumentamos a conscientização sobre a ligação entre a exploração de animais selvagens e a transmissão de doenças zoonóticas para as pessoas e pressionamos os líderes do G20 a agirem para acabar com esse cruel comércio.

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

Ajudamos elefantes que vivem em cativeiro na Ásia, em 12 acampamentos com altos níveis de bem-estar que oferecem apenas a observação dos animais na natureza. Durante o primeiro ano da pandemia, quando o turismo parou por completo, mobilizamos pessoas e recursos para manter os animais à salvo e garantir que os cuidadores não os deixassem passar fome. Dez desses locais estavam localizados na Tailândia, um no Nepal e um no Camboja. Dois dos locais apoiados foram ChangChill e Following Giants, que já haviam se estabelecido como modelos de turismo amigável aos elefantes. 

Lançamos um apelo emergencial para apoiar financeiramente e ajudar a alimentar e cuidar dos ursos do santuário Libearty, administrado pela nossa parceira AMP, na Romênia. A pandemia fez com que as receitas de visitantes, uma fonte crítica de financiamento, secassem por completo. O socorro de nossos apoiadores permitiu que a AMP conseguisse pagar os custos operacionais e até possibilitou resgatar mais seis ursos que eram explorados. Ao final do ano, o santuário contava com 107 ursos sob seus cuidados.

Ingressamos na World Cetacean Alliance para promover o programa de Sítios Patrimônios da Baleias. Esta acreditação global reconhece destinos excepcionais que implementam e celebram a observação responsável e sustentável de baleias e golfinhos. Nós sugerimos Tenerife-La Gomera, na Espanha, Dana Point, nos Estados Unidos, e Algoa Bay, na África do Sul, como potenciais patrimônios e eles receberam a acreditação em 2021.

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

2021

Ajudamos a alcançar um compromisso com a proibição da criação de leões em cativeiro pelo governo da África do Sul após uma campanha de dois anos com o parceiro Blood Lions e outras organizações. Quando convertida em lei, a proibição interromperá os abusos infligidos a até 12 mil leões em cativeiro criados anualmente para caça, interações turísticas e para o comércio de medicina tradicional asiática.

Leão atrás de grades, em cativeiro na África do Sul

Alcançamos um marco incrível por meio do poder das pessoas quando a Expedia – uma das maiores agências de viagens do mundo – proibiu as vendas e a promoção de entretenimento com golfinhos. Isso só foi possível graças aos nossos mais de 350 mil apoiadores que mantiveram a pressão, ao longo de três anos e meio, e pediram por mudanças por parte da gigante global do turismo.

Celebramos quando o governo sul-coreano anunciou que a extração de bile de urso será interrompida no país a partir de 1º de janeiro de 2026. Essa conquista histórica só aconteceu graças à nossa pressão contínua, com o apoio do nosso parceiro de longa data Green Korea United (GKU). O governo também aprovou orçamento para um abrigo de animais para proteger os ursos resgatados da criação ilegal. Penalidades mais severas para delitos agravados contra a vida silvestre, incluindo a criação ilegal de ursos, também foram introduzidas.